Opinião é de especialista em trânsito e transportes, professor da UFMT Eldemir Pereira de Oliveira
RENAN MARCEL
Um dos critérios utilizados pela Prefeitura Municipal de Cuiabá para a escolha da localização do novo pronto-socorro foi a facilidade de acesso. O argumento é de que a Avenida Miguel Sutil e as vias secundárias pelo bairro Despraiado proporcionariam o deslocamento rápido e fácil de veículos particulares e ambulâncias. No entanto, o professor do curso de Engenharia Civil da UFMT, Eldemir Pereira de Oliveira, especialista em engenharia de trânsito, em entrevista ao ReporterMT, alertou para a necessidade de planejar melhor as vias auxiliares.
O engenheiro argumenta que a realização de um grande evento no Centro de Eventos do Pantanal pode comprometer o acesso pela principal via, a avenida Miguel Sutil e as auxiliares não seriam satisfatórias.
Além disso, o professor lembra que a construção do hospital deve aumentar a especulação imobiliária sobre a região e intensificar o ciclo de ocupação: “Se a Prefeitura não tiver um projeto viário futuro para essas vias auxiliares e um planejamento para a ocupação, que deve se intensificar na área a partir da construção do novo pronto-socorro, podemos cometer uma repetição histórica do processo de urbanização da cidade, que aconteceu sem planejamento”, afirmou.
Segundo o especialista, o critério da acessibilidade deve ter importância quando se pretende construir um órgão público e, no caso do hospital, deve ter prioridade devido ao serviço que presta à sociedade, já que exige maior agilidade e socialização ao acesso.
Ele lembra também da necessidade de implantação de linhas de ônibus que atendam a região: “Seguramente teremos que rever e implantar linhas de transporte urbano para contemplar toda a população, dando acesso ao hospital”, pontou o professor.
Classe médica:
Para a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) Dalva Neves, o local é favorável no que tange a facilidade de acesso permitida, principalmente pela Miguel Sutil. “Um pronto-socorro precisa dessa agilidade de acesso. Os pacientes precisam chegar e sair rapidamente do local. Não adiantaria colocar o pronto-socorro em uma região mais ao centro, em uma área com mais densidade demográfica, se o acesso não fosse ágil”, argumentou Dalva.
Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed- MT), através da presidente Elza Queiroz, admite ter sugerido ao prefeito Mauro Mendes (PSB) a região do Centro Político Administrativo (CPA) por considerar que a região concentra um número muito expressivo de habitantes, mas acha que a escolha da localização foi boa, devido, também, à facilidade de acesso. “É uma região privilegiada, com bastante espaço para um grande hospital e com várias possibilidades de acesso rápido. Foi uma boa opção. Queremos esse hospital pronto”, pontuou a sindicalista.
Ambas concordam, no entanto, que será preciso criar linhas de ônibus que façam os percursos desses acessos ao novo pronto-socorro. “O município vai ter que colocar à disposição da população formas de se chegar a esse local com facilidade”, alertou a presidente do CRM.
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