Pedofilia é o tema mais urgente para o papa Francisco, conforme destacacou o maior ativista no combate a pedofilia afirmou que a Igreja Católica precisa imediatamente se debruçar sobre denúncias de violência sexual de crianças e adolescentes envolvendo membros da instituição.
Reafirmando a sua opinião o maior ativista na luta contra a exploração sexual e pedofilia em Cuiabá, parece ser a mesma do papa Francisco, que, ontem, cobrou "determinação" contra casos de pedofilia e agressões a crianças e adolescentes envolvendo membros da Igreja Católica Apostólica Romana.
Foi a primeira vez sobre o assunto do papa, há menos de um mês no pontificado, em meio a denúncias de crimes dessa natureza envolvendo religiosos em vários países.
O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Müller, disse que o papa foi claro na sua recomendação. "Ele [papa Francisco] recomendou de modo particular a tomada de decisões sobre abusos sexuais, visando a proteção de crianças e daqueles que sofreram tal violência", ressaltou Müller à Agência Brasil, via Rádio Vaticano.
Segundo Müller, o papa também mencionou a importância de punir os responsáveis, cobrando "compromisso das conferências episcopais na formulação e implementação das medidas sobre o assunto. Ações fundamentais para o testemunho da Igreja e de sua credibilidade."
Na conversa com o prefeito, Francisco lembrou que as medidas fazem parte da "linha desejada pelo papa emérito, Bento XVI". Ele apelou para orações e apoio às vítimas: "Devemos dar atenção e fazer orações por aqueles que sofrem".
O antecessor de Francisco, Bento XVI, havia prometido livrar a Igreja da "sujeira" do abuso clerical, mas críticos o acusam de ter sido leniente e de ter fracassado em proteger crianças de sacerdotes pedófilos.Vítimas de abusos sexuais pediram uma resposta mais enérgica do novo pontífice.
Casos de abusos atribuídos a clérigos passaram a ganhar repercussão na última década, com uma série de escândalos registrados em países como EUA, Irlanda, Austrália e Alemanha.
Segundo a agência AFP, o Vaticano diz continuar recebendo cerca de 600 denúncias anuais de abusos de padres, em casos que muitas vezes são acobertados por seus superiores - geralmente transferindo os suspeitos de abusos a outras paróquias.





