O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), garantiu na manhã de hoje que irá manter o reajuste de 25% sobre o IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) de 2013 apesar da decisão do presidente da Câmara de Vereadores, João Emanuel Moreira Lima (PSD), de ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade para barrar na Justiça o reajuste. "Vou cumprir a lei vigente e se houveram problemas na tramitação dentro da Câmara, o problema não é meu, mas da Câmara. Eu não era vereador e isto é um problema interno", explicou após lançar no palácio Alencastro um programa emergencial na área de Saúde que prevê principalmente a contratação de 60 novos médicos e custará R$ 10 milhões aos cofres públicos neste ano.
Segundo Mauro Mendes, os carnês com o reajuste já estão sendo impressos. "Hoje trabalho com uma realidade e não sob conjecturas. Se amanhã houver algo diferente iremos nos comportar conforme a situação", detalhou.
No caso de manutenção do reajuste, o prefeito socialista prevê um incremento de R$ 15 milhões na receita própria através do IPTU neste ano. Ele reafirmou que, caso o reajuste seja suspenso pela Justiça, não terá como iniciar neste ano a construção de um novo pronto-socorro municipal, já que a Lei Orçamentária havia previsto R$ 10 milhões para o começo das obras.
Tentando transferir o desgaste do eventual cancelamento do reajuste, Mauro Mendes destacou que hoje 30 mil famílias de baixa renda não pagam o imposto diante do efeitos da Lei aprovada no final do ano passado encaminhada ao Legislativo pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB). "Eles (vereadores) não podem se esquecer dos menos favorecidos beneficiados", recordou.
Apesar da "queda de braço" com os parlamentares, Mauro Mendes afirmou estar tranquilosobre o comportamento da Câmara em derrubar o aumento do IPTU. "O que está acontecendo faz parte da dinâmica política e estou consciente de todos desafios que terei que enfrentar comoprefeito de uma cidade do tamanho de Cuiabá", desabafou.
Autor: Vinculado ao anoticiamt.brasil
