Ela quer fórmula para manter longe de eleitos poder econômico. “Gente que vem com financiamento de campanha e depois o financiador manda no poder”
JONAS DA SILVA
O convite de filiação do senador Pedro Taques, do PDT, é um dos vários feitos a ex-senadora e ex-petista Serys Slhessarenko para retornar à vida pública. Ela tem outros do PV, PSB e do PRB, feito pelo ministro da Pesca, pastor Marcelo Crivella (RJ). Além da nova sigla em formação a ser fundada pela ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cujo programa inclui sustentabilidade, meio ambiente, educação, ética e renovação, que inspirou um dos possíveis nome do partido: Semear.
“Se tem pressão para continuar na vida pública, eu tenho que estar filiada. Estou conversando, conversando”, resume sua atual situação em entrevista ao HiperNotícias. Serys saiu do PT na última semana da campanha eleitoral no ano passado para apoiar o prefeito Mauro Mendes (PSB), adversário de Ludio Cabral (PT). Ela diz que foi como uma “separação conjugal, mas o PT tem pessoas boas, mas tem encrencas”.
Taques convidou a ex-senadora para filiar ao PDT nesta segunda-feira, em visita dela ao seu gabinete. Mauro convidou Serys para se filiar ao PSB, assim como outras lideranças do partido. Em alguns casos, os convites foram formalizados por lideranças. Em outros por outros prefeitos e alas da juventude, como no caso do PDT. No caso de Crivella, ela foi se encontrar com o ministro em Brasília.
Ela afirma estar aberta a aderir a um grupo político que tenha princípios de controle social sobre o mandato e práticas de transparência e ética na vida pública, características não presentes atualmente aos partidos.
“Essa engrenagem política que está aí não está produzindo legitimidade. Não há mecanismos de controle da sociedade sobre os eleitos. Os partidos não dão conta de dar legitimidade ao mandato”, faz autocrítica.
O que a atrai? “Constituir grupo de pessoas advindas de vários partidos para que possa construir um projeto para Mato Grosso”, argumenta. “Precisamos ver como transformar essa insatisfação aos partidos em processo de aperfeiçoamento democrático”, conta. Serys reforça que não há “controle social sobre o mandato”, pois “os “eleitos fazem o que bem querem” e o “povo fica sem saber”.
A ex-senadora afirma que é cobrada a retornar para um mandato eletivo, como os militantes do interior de Mato Grosso que sempre lhe apoiou. “Precisamos ter uma política onde as pessoas não fiquem a mercê de políticos que falam algumas coisas e não cumprem”, defende.
NOVO PARTIDO E PODER ECONÔMICO
Nesta semana, em São Paulo, haverá reunião para mais uma rodada com representantes de todo o país sobre a formação do novo partido liderado pela ex-ministra Marina Silva. Serys foi convidada pela ex-ministra para estar no final de fevereiro em Brasília na formatação de programa, princípios e possibilidade real de tirar do papel o novo partido. “O partido novo que estamos querendo buscar como alternativa não é fácil a organização”, calcula.
Serys advertiu sobre cuidados de responsabildade republicana, de bons costumes políticos, que se deve ter mesmo na construção do novo partido. E para tanto, o poderio econômico precisa ficar longe do processo de escolha dos eleitos.
“Se vier esse novo partido, temos que ter cautela de gente que vem com financiamento de campanha e depois o financiador manda no poder”, cutuca. “Estão aí os Demósthenes da vida. E tem dezenas deles bem próximos de nós”. O nome citado é do ex-senador e procurador de Justiça, Demósthenes Torres, então no DEM-GO, que teve revelado envolvimento de corrupção dele com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O fato originou uma CPI no Congresso em 2012 e o ex-senador foi cassado. “A questão de fazer eleição à base de dinheiro é prejuízo para a democracia e para o povo”.
Serys entende ainda que a vida digital tem provocado profundas mudanças sobre a avaliação dos políticos pelo eleitorado. “As novas tecnologias de informação têm muito poder no processo decisório do eleitor sobre o Executivo e o Legislativo. Se não me lembro, há cerca de 75 milhões de pessoas que acessam a internet, mais de 50% do eleitorado”, avalia.
Serys é professora aposentada “de sala de aula” da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e que “não tem aposentadoria de três mandatos de deputada e nem de senadora, que poderia ter”. Ela foi deputada estadual entre 1990 e 2002, quando se elegeu senadora por um mandato encerrado em 2010. Após uma briga interna no PT, naquela eleição, ela concorreu a deputada federal e o ex-deputado federal Carlos Abicalil ao Senado. Nenhum dois dois foram eleitos. Ela ficou de segunda suplente para a Câmara dos Deputados.
“Se tem pressão para continuar na vida pública, eu tenho que estar filiada. Estou conversando, conversando”, resume sua atual situação em entrevista ao HiperNotícias. Serys saiu do PT na última semana da campanha eleitoral no ano passado para apoiar o prefeito Mauro Mendes (PSB), adversário de Ludio Cabral (PT). Ela diz que foi como uma “separação conjugal, mas o PT tem pessoas boas, mas tem encrencas”.
Taques convidou a ex-senadora para filiar ao PDT nesta segunda-feira, em visita dela ao seu gabinete. Mauro convidou Serys para se filiar ao PSB, assim como outras lideranças do partido. Em alguns casos, os convites foram formalizados por lideranças. Em outros por outros prefeitos e alas da juventude, como no caso do PDT. No caso de Crivella, ela foi se encontrar com o ministro em Brasília.
Ela afirma estar aberta a aderir a um grupo político que tenha princípios de controle social sobre o mandato e práticas de transparência e ética na vida pública, características não presentes atualmente aos partidos.
|
“Essa engrenagem política que está aí não está produzindo legitimidade. Não há mecanismos de controle da sociedade sobre os eleitos. Os partidos não dão conta de dar legitimidade ao mandato”, faz autocrítica.
O que a atrai? “Constituir grupo de pessoas advindas de vários partidos para que possa construir um projeto para Mato Grosso”, argumenta. “Precisamos ver como transformar essa insatisfação aos partidos em processo de aperfeiçoamento democrático”, conta. Serys reforça que não há “controle social sobre o mandato”, pois “os “eleitos fazem o que bem querem” e o “povo fica sem saber”.
A ex-senadora afirma que é cobrada a retornar para um mandato eletivo, como os militantes do interior de Mato Grosso que sempre lhe apoiou. “Precisamos ter uma política onde as pessoas não fiquem a mercê de políticos que falam algumas coisas e não cumprem”, defende.
NOVO PARTIDO E PODER ECONÔMICO
Nesta semana, em São Paulo, haverá reunião para mais uma rodada com representantes de todo o país sobre a formação do novo partido liderado pela ex-ministra Marina Silva. Serys foi convidada pela ex-ministra para estar no final de fevereiro em Brasília na formatação de programa, princípios e possibilidade real de tirar do papel o novo partido. “O partido novo que estamos querendo buscar como alternativa não é fácil a organização”, calcula.
Serys advertiu sobre cuidados de responsabildade republicana, de bons costumes políticos, que se deve ter mesmo na construção do novo partido. E para tanto, o poderio econômico precisa ficar longe do processo de escolha dos eleitos.
“Se vier esse novo partido, temos que ter cautela de gente que vem com financiamento de campanha e depois o financiador manda no poder”, cutuca. “Estão aí os Demósthenes da vida. E tem dezenas deles bem próximos de nós”. O nome citado é do ex-senador e procurador de Justiça, Demósthenes Torres, então no DEM-GO, que teve revelado envolvimento de corrupção dele com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O fato originou uma CPI no Congresso em 2012 e o ex-senador foi cassado. “A questão de fazer eleição à base de dinheiro é prejuízo para a democracia e para o povo”.
Serys entende ainda que a vida digital tem provocado profundas mudanças sobre a avaliação dos políticos pelo eleitorado. “As novas tecnologias de informação têm muito poder no processo decisório do eleitor sobre o Executivo e o Legislativo. Se não me lembro, há cerca de 75 milhões de pessoas que acessam a internet, mais de 50% do eleitorado”, avalia.
Serys é professora aposentada “de sala de aula” da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e que “não tem aposentadoria de três mandatos de deputada e nem de senadora, que poderia ter”. Ela foi deputada estadual entre 1990 e 2002, quando se elegeu senadora por um mandato encerrado em 2010. Após uma briga interna no PT, naquela eleição, ela concorreu a deputada federal e o ex-deputado federal Carlos Abicalil ao Senado. Nenhum dois dois foram eleitos. Ela ficou de segunda suplente para a Câmara dos Deputados.
http://www.hipernoticias.com.br/TNX/conteudo.php?sid=169&cid=22688