Menino vítima de abusos é transferido para UTI infantil
Segundo a Polícia Civil, J.P. teria sido vítimas de violência dentro de casa
Katiana Pereira/MidiaNews
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J.P. de dois anos, está internado em uma UTI infantil do Hospital Jardim Cuiabá
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
DA REDAÇÃO
O menino J.P., de dois anos e 11 meses, vítima de tortura e abuso sexual, foi transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim Cuiabá, no bairro Jardim Cuiabá.
A transferência foi na manhã desta segunda-feira (7), após uma decisão liminar, proferida no domingo (6), pelo juiz plantonista da Vara de Família Alexandre Elias.
A liminar determinou a internação imediata de J.P. em uma unidade hospitalar com melhores condições do que o Pronto-socorro de Cuiabá (PSC).
A decisão atendeu ao pedido do Conselho Tutelar em ação de Obrigação de Fazer interposta pela Defensoria Geral, na semana passada. A decisão é contra o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Cuiabá, o estado de saúde do menor é considerado gravíssimo, mas estável. Não há morte cerebral. Ele ainda tem reflexos e a medicação está sendo suspensa aos poucos, pela equipe médica, para conferir a intensidade destes reflexos.
Abusos sexuais e tortura
O garoto J. P., estava internado desde o dia 31 de dezembro na ala pediátrica do PSC. O menino está com traumatismo craniano, uma lesão grave no ânus e hematomas pelo corpo inteiro.
Os pais dele, Luziane de Silva Rodrigues, de 27 anos, e Fernando Bruno Pereira, de 20 anos, foram presos em flagrante por tortura e estupro de vulnerável. A família vive em Tangará da Serra (245 km a Noroeste de Cuiabá). Os dois trabalham em um frigorífico, em turnos alternados.
Fernando está no Centro de Detenção Provisória e Luziane, na Cadeia Feminina, ambos em Tangará da Serra.
A transferência foi na manhã desta segunda-feira (7), após uma decisão liminar, proferida no domingo (6), pelo juiz plantonista da Vara de Família Alexandre Elias.
A liminar determinou a internação imediata de J.P. em uma unidade hospitalar com melhores condições do que o Pronto-socorro de Cuiabá (PSC).
A decisão atendeu ao pedido do Conselho Tutelar em ação de Obrigação de Fazer interposta pela Defensoria Geral, na semana passada. A decisão é contra o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Cuiabá, o estado de saúde do menor é considerado gravíssimo, mas estável. Não há morte cerebral. Ele ainda tem reflexos e a medicação está sendo suspensa aos poucos, pela equipe médica, para conferir a intensidade destes reflexos.
Abusos sexuais e tortura
O garoto J. P., estava internado desde o dia 31 de dezembro na ala pediátrica do PSC. O menino está com traumatismo craniano, uma lesão grave no ânus e hematomas pelo corpo inteiro.
Os pais dele, Luziane de Silva Rodrigues, de 27 anos, e Fernando Bruno Pereira, de 20 anos, foram presos em flagrante por tortura e estupro de vulnerável. A família vive em Tangará da Serra (245 km a Noroeste de Cuiabá). Os dois trabalham em um frigorífico, em turnos alternados.
Fernando está no Centro de Detenção Provisória e Luziane, na Cadeia Feminina, ambos em Tangará da Serra.
Entenda o caso
O casal chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no dia 31 de dezembro, depois que J.P. teve convulsões. Aos médicos, os pais justificaram as crises dizendo que o filho tinha batido a cabeça no dia anterior após uma queda.
O garoto foi levado ao Hospital Municipal e, depois, transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital e Maternidade Clínica da Criança.
Com o estado de saúde considerado gravíssimo, ele foi transferido para o Pronto-Socorro de Cuiabá ainda no dia 31. Uma das médicas que atendeu J.P., após perceber que os machucados poderiam ser resultantes de maus tratos, chamou a Polícia Militar.
Com o estado de saúde considerado gravíssimo, ele foi transferido para o Pronto-Socorro de Cuiabá ainda no dia 31. Uma das médicas que atendeu J.P., após perceber que os machucados poderiam ser resultantes de maus tratos, chamou a Polícia Militar.
Os policiais, então, entraram em contato com o conselheiro tutelar do município, Lindomar Gomes, que foi, junto com a Polícia, até a casa de Luziane e Fernando.
Os dois foram levados à Delegacia Municipal para prestar esclarecimentos. O pai disse que só falaria sober o assunto em juízo e a mãe negou os crimes. Depois de constatado que a criança foi espancada e estuprada, o casal foi preso.
A babá de J.P., que mora na frente da casa da família, contou ao conselheiro tutelar que viu as marcas roxas no corpo da criança e que J.P. lhe disse que a mãe o machucou.
Segundo informações da Polícia Civil, Fernando e Luziane se conheceram no Maranhão. Ele foi para Tangará da Serra no início de 2012, mas Luziane continuou no estado nordestino por alguns meses. Ela foi para a cidade mato-grossense em abril do ano passado.
Os dois foram levados à Delegacia Municipal para prestar esclarecimentos. O pai disse que só falaria sober o assunto em juízo e a mãe negou os crimes. Depois de constatado que a criança foi espancada e estuprada, o casal foi preso.
A babá de J.P., que mora na frente da casa da família, contou ao conselheiro tutelar que viu as marcas roxas no corpo da criança e que J.P. lhe disse que a mãe o machucou.
Segundo informações da Polícia Civil, Fernando e Luziane se conheceram no Maranhão. Ele foi para Tangará da Serra no início de 2012, mas Luziane continuou no estado nordestino por alguns meses. Ela foi para a cidade mato-grossense em abril do ano passado.