Prefeito quer diminuir superlotação do Pronto-Socorro, por meio de convênios
Tchélo Figueiredo/Divulgação
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No primeiro dia como prefeito, Mauro Mendes visitou as dependências do Pronto-Socorro da Capital
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O prefeito Mauro Mendes (PSB) anunciou, para os próximos dez dias, o lançamento de um plano emergencial para tirar do caos a situação da Saúde Pública em Cuiabá.DA REDAÇÃO
“Vamos lançar um plano emergencial para atacar os graves problemas da Saúde, lembrando que o principal deles é a superlotação do Pronto-Socorro. Vamos trabalhar para restabelecer as condições adequadas de trabalho e infraestrutura”, disse Mendes.
O anúncio foi feito no começo da tarde desta terça-feira (2), logo após a visita que o prefeito fez ao hospital, acompanhado do secretário de Saúde, Kamil Fares (PDT). Eles pretendem visitar outras unidades de Saúde, nos próximos dias.
Nenhum dos dois detalhou o plano, que ainda está em fase de elaboração, mas adiantaram que o mote será melhorar a estrutura das unidades e desafogar o atendimento. O plano emergencial trará soluções de curto prazo. O projeto de Mendes para resolver a situação, a médio prazo, é construir um novo Pronto-Socorro para a Capital.
“A curto prazo, estamos estudando a possibilidade de firmar convênios e mudar a forma de tratar o fluxo de atendimento. Podemos, por exemplo, firmar um convênio com a Santa Casa para atendimento da pediatria, em vez de manter tudo aqui. No Pronto-Socorro, teremos 60 leitos e, com mais 60 da Santa Casa, ameniza bastante a situação”, disse o prefeito.
Mauro Mendes observou, também, que a falta de profissionais na rede pública é outro grave problema do setor. Para suprir a necessidade de profissionais, ele está estudando a possibilidade de convocar os aprovados no concurso público.
“Outros problemas graves são a falta de médicos na rede, principalmente nas policlínica, e a falta de estrutura para os profissionais desenvolverem seus trabalhos, principalmente na rede do Programa de Saúde da Família”, disse o prefeito.
Burocracia
O secretário Kamil Fares explicou que um dos objetivos do plano é buscar formas de desburocratizar a gestão.
“Há situações em que tem que se fazer licitação e depende muito da burocracia. Por exemplo, uma lâmpada queimada. Se não tiver outra para substituir, tem que fazer licitação. Para poder pintar as paredes, também. Esse plano emergencial que estamos estudando é para agilizar o processo”, disse.
“Não é falta de boa vontade. O setor público burocratiza muito e dificulta a operacionalização. É diferente do sistema privado, onde, quando se quebra um aparelho, você manda consertar na hora. Aqui não, tudo precisa ser licitado. E esse recurso ainda vai fazer falta para algum paciente grave. Essa parte tem que ser agilizada para fazermos tudo de acordo da lei, mas dar suporte para os pacientes em tempo real”, completou o secretário.
Kamil negou, pelo menos por enquanto, a possibilidade de buscar soluções por meio da terceirização do atendimento da Saúde Pública em Cuiabá.
“A ideia, no momento não é contratar OS (Organizações Sociais), mas sim ter sob nosso controle todos esses pacientes. As OSs são boas, mas o tipo de paciente que vem para o Pronto-Socorro é um paciente muito caro, e um paciente muito caro nenhuma OS quer”, disse.
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