Jacques Gosch
A posse do peemedebista Walace Guimarães na Prefeitura de Várzea Grande, além de representar a esperança de “dias melhores” para os várzea-grandenses, que vivem uma crise política/adminstrativa sem precedentes na história, também serve ao projeto político do governador Silval Barbosa (PMDB) de conquistar uma cadeira no Senado em 2014. Por isso, a cidade deve receber grandes investimentos do Governo em 2013. A análise foi feita pelo cientista político João Edison de Souza.
De acordo com ele, a tendência é que o alinhamento político de Walace com Silval seja benéfico para Várzea Grande. O cientista político acredita que o Estado vai intervir para resolver a crise provocada pelas sucessivas más adminstrações, fortalecendo dessa maneira, o nome de Silval perante os eleitores da cidade. “A tendência é que Silval una o útil ao agradável. Ao mesmo tempo em que vai socorrer o município, que passa por dificuldades, deve aproveitar para viabilizar seu nome ao Senado em 2014. A política funciona assim”.
Para João Edison, ao mesmo tempo em que vai privilegiar Várzea Grande, Silval acabará “fechando as torneiras” para Cuiabá. O analista ainda avalia que a troca de gentilezas entre o governador e Mauro, que começou após as rusgas eleitorais, não surtirá efeitos práticos. “Silval Barbosa não tem interesse em irrigar Cuiabá de recursos para fortalecer Mauro Mendes, que poderá enfrentá-lo nas urnas logo adiante. Então, o caminho natural é investir em Várzea Grande e outras cidades sob administração do PMDB”, explicou.
Conforme o cientista político, outros municípios onde o partido saiu vitorioso nas eleições de outubro também gozarão de regalias no Palácio Paiaguás. “Sinop e Cáceres e outras cidades menores vão se beneficiar do projeto político de Silval. As outras cidades vão receber somente o que determina a Lei. É dessa forma que os políticos se viabilizam eleitoralmente”.