Petição pública sugere memorial no local da tragédia em Santa Maria

Abaixo-assinado virtual espalhado pelo Facebook colhe assinaturas

O que fazer com o palco de uma tragédia? Esta é a pergunta que circula nas redes sociais e nas rodas de conversa. As sugestões convergem para que se crie um memorial em homenagem às vítimas no local onde funcionava a boate Kiss. Uma imagem que simula como seria o memorial está espalhada por perfis no Facebook. Um dos incentivadores da ideia é o santa-mariense Lucas Franco Colusso, 26 anos, formado em Desenho Industrial na UFSM e que atualmente faz mestrado em Florianópolis. Com a popularização da imagem, Lucas gerou a ideia de um abaixo-assinado virtual.
_ Surgiu por que viajei para vários lugares e vi muitos memoriais referentes à tragédias. É interessante como as pessoas interagem com esses espaços e é importante para os familiares. Tudo vai mudar: as leis, a fiscalização e o comportamento das pessoas _ diz o jovem que não perdeu parentes nem amigos, mas se solidarizou com o que aconteceu na cidade onde nasceu e estudou. 

Em gráfico, entenda a sequência de eventos que originou o fogo

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A tragédia
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna. 

Sem conseguir sair do estabelecimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.

 A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil. 

Veja onde aconteceu