Senador de MT decide encarar a disputa com Renan Calheiros (PMDB-AL)
Agência Senado
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Pedro Taques, líder do PDT em Mato Grosso, confirma candidatura a presidente do Senado
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O senador Pedro Taques (PDT-MT) confirmou nesta terça-feira (23), em entrevista ao site da revista Veja, que está na disputa pela presidência do Senado. A eleição, marcada para o dia 1º de fevereiro próximo, deverá ter três candidatos.DA REDAÇÃO
O parlamentar afirmou que, com a recusa de Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) em concorrer ao cargo, decidiu agir.
“Gostaria que um desses dois do PMDB pudesse ser candidato. Eles têm decência, têm experiência, mas parece que não vão aceitar. Coloquei meu nome à disposição. O que não pode é haver um candidato só", disse o pedetista, na entrevista.
A confirmação de Taques na disputa deve unificar o grupo que se opõe ao retorno de Renan Calheiros (PMDB-AL) ao comando da Casa.
Líder do partido, Renan foi afastado do comando do Senado em 2007, acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de empreiteira. O nome do parlamentar, no entanto, é o mais forte, já que PT e PMDB formam a maioria no Senado.
O líder do PSOL, Randolfe Rodrigues, foi o primeiro a entrar na briga, mas seu nome enfrenta resistência no PSDB e no DEM.
Após uma conversa na manhã de hoje, Taques e Randolfe decidiram tornar-se adversários - ao menos no papel.
“Randolfe é meu irmão de causa. Não vou brigar com ele por causa disso. Acho que é bom termos mais candidaturas”, disse.
Ponderações
Ao MidiaNews a assessoria do senador Pedro Taques informou que o parlamentar deve se reunir com Randolfe na próxima semana para que o grupo, conhecido como “independentes”, defina quem sairá para concorrer com Renan Calheiros.
Nos bastidores, comenta-se que a tendência é que Taques, de fato, seja escolhido. O principal argumento é a quantidade de votos que o pedetista pode angariar.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, já se posicionou favorável a Taques, assim como Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE) e Cristóvam Buarque (PDT).
Randolfe teria perdido apoio do PSDB por sua postura "pessoal" durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Regras
O registro de candidaturas à presidência do Senado Federal pode ser feito antes do início da votação, no dia 1º de fevereiro.
O voto é secreto e será realizado por 81 senadores. Vence a eleição o candidato que obtiver a maioria simples dos votos, não sendo possível haver segundo turno.