O vereador Toninho de Souza (PSD) afirmou que o prefeito Mauro Mendes (PSB) foi o responsável pela articulação que resultou no aumento de 25% na alíquota do (Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), em Cuiabá.
De acordo com o parlamentar, que votou contra o aumento do IPTU, a atitude do prefeito comprova que ele está por trás do projeto encaminhado, aprovado e sancionado na gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).
“Essas manifestações do prefeito Mauro Mendes só provam que ele está por trás do aumento enviado à Câmara. O ex-prefeito Chico Galindo disse que consultou o prefeito eleito antes de enviar o projeto. Só que pela insistência do prefeito no aumento, está claro que o Galindo não apenas o consultou; ele agiu sob orientação do Mauro Mendes, que queria o aumento do IPTU”, afirmou o social-democrata, durante entrevista coletiva, na Câmara Municipal, na manhã desta sexta-feira (11).
O projeto de lei que eleva a alíquota do IPTU de 0,4% para 0,5% sobre o valor venal dos imóveis foi aprovado a toque de caixa pelos vereadores, no dia 21 de dezembro, após tramitar em regime de urgência urgentíssima especial. Devido ao fato de vários ritos processuais terem sido descumpridos, a atual gestão da Câmara entrou com ação no Tribunal de Justiça para revogar o aumento.
“O que estamos questionando, além do aumento, foi a forma da votação, feita às pressas, para atender o pedido urgente da prefeitura. Não somos contra essa arrecadação. O que não pode é votação por atropelo para atender somente os interesses da prefeitura. A sociedade precisa ser ouvida”, disse Toninho.
“Pode ser que o prefeito Mauro Mendes, por iniciativa própria, decida revogar o aumento e enviar um novo projeto para a Câmara de Cuiabá. Só que aí nós vamos discutir esse novo aumento sob duas óticas, e ver não só o lado da prefeitura, mas também pela ótica da sociedade e das entidades. E a Câmara vai exercer esse papel”, completou.
Alegações
Desde que assumiu a prefeitura, Mauro Mendes concedeu diversas entrevistas defendendo o aumento do IPTU aprovado no fim do ano passado. Entre os argumentos usados por Mendes, estão o fato de a alíquota de Cuiabá ser uma das mais baixas entre as capitais, e o fato de que o prefeito contava com o recurso extra para investir na construção do novo Pronto Socorro.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Gasparoto, questionou as alegações de Mendes. “O prefeito falou que não ia retroceder do aumento do imposto, mas a sociedade não suporta mais o aumento de carga tributária. Ele alega que nosso IPTU é um dos mais baixos, mas esquece que a planta genérica é a mais cara do país”, argumentou.
“Não podemos aceitar que o Poder Executivo violente o bolso do contribuinte. Por isso agradecemos o apoio do Legislativo, e a disponibilidade em debater esse tema. Nunca antes tivemos receptividade nessa Câmara, o que mostra que essa renovação dos vereadores está sendo importante”, afirmou, aproveitando para alfinetar a gestão do ex-presidente Júlio Pinheiro (PTB).
Midianews





