Nayara Araújo
Ao pregar o discurso de que, daqui por diante, pretende selar a paz com todos os vereadores, Pinheiro se contradiz e dispara de forma revoltada que irá cumprir papel de fiscalizar apenas um parlamentar. “Toda essa situação ficou pra trás, mas daqui por diante vou acompanhar o mandato legislativo de Onofre Júnior durante 48 meses. Vou querer saber o que ele fez com a verba indenizatória, se doou, se recebeu... Quero vê-lo humilhado!”.
A declaração do petebista é em referência às críticas que recebia do parlamentar sobre aumento da verba indenizatória e também ao fato de ter perdido a queda de braço pela presidência, já que o prefeito Mauro Mendes (PSB) o teria remanejado do cargo para colocar um socialista, na esperança de que os dois membros do partido votassem na chapa, já que haviam se manifestado contrários em eleger Pinheiro como presidente.
No dia da posse, 1º de janeiro, na Câmara Municipal, Pinheiro não escondeu a revolta. Apesar de semblante triste, disse estar tranquilo com a situação e justificou que abriu mão da presidência aos ‘40 minutos do 2º tempo’ para disputar como 1º secretário na chapa de Adilson Levante, por amor aos demais parlamentares de partido. “Já que querem renovação, que seja com o PSB. Desisti de disputar a presidência porque não queria ver irmão matando irmão. Agora eu quero ver se a próxima legislatura será séria ou de traidores”, disse.