Mauro admite que a obra é uma promessa de campanha, mas pondera que não estipulou prazo para cumpri-la, embora tenha declarado que a faria nos primeiros 18 meses de mandato
ANDRÉA HADDAD / ANA ADÉLIA JÁCOMO
O prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) ameaçou nesta quinta-feira (10) atrasar as obras do novo Pronto Socorro da cidade por falta de verba, caso a Câmara revogue o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), aprovado no final da última legislatura.
Liderados pelo presidente da Mesa Diretora João Emanuel (PSB), vereadores questionam o trâmite do procedimento na Casa, que teria sido marcado por falhas. Mauro, por sua vez, insiste que o aumento é importante para as ações previstas pelo Executivo.
“A construção do pronto socorro está vinculada à possibilidade de ter esse incremento na arrecadação do IPTU. Além disso, há o projeto de realizar a contratação de mais médicos. Esse aumento vai garantir R$ 15 milhões a mais no caixa da prefeitura. Se a Câmara cancelar, não teremos recursos para tocar esses dois projetos em 2013”, declarou em entrevista no Palácio Paiaguás, após audiência com o governador Silval Barbosa (PMDB).
Mauro admite que a obra é uma promessa de campanha, mas pondera que não estipulou prazo para cumpri-la. Segundo ele, sem o reajuste do IPTU os trabalhos podem demorar dois anos para começar. “Prometi construir o Pronto Socorro, mas não disse quando, espero começar neste ano, mas, se não tiver recurso em caixa, vou ter que procurar outra fonte de verba e pode demorar mais dois anos”.
Com discurso político, ele disse não acreditar que parte dos vereadores resolveu rever o reajuste a fim de atrapalhar a administração municipal. “Não trabalho com suposições, mas não acredito, pois se for isso estão trabalhando para prejudicar Cuiabá”.
Mauro pretende arrecadar R$ 85 milhões com o imposto neste ano, o equivalente a 20% a mais que o registrado no último ano. Para tanto, promete uma verdadeira “caça aos inadimplentes”. Ele também reforma que, a mesma lei do reajuste do IPTU, aumentou a isenção no imposto de 2 mil para 55 mil famílias carentes, com imóveis avaliados em até R$ 50 mil.
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