Prefeito eleito de Cuiabá, Mauro Mendes
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Depois de disputar duas eleições, Mauro Mendes (PSB), que foi eleito para a Prefeitura da Capital em uma disputa acirrada, decidida no segundo turno contra Lúdio Cabral (PT), recebe hoje a faixa de prefeito. Engenheiro eletricista, empresário bem sucedido, trabalhou durante a campanha a administrador e elegeu a saúde como prioridade de sua gestão. Sua equipe de transição iniciou os trabalhos em 5 de novembro e apresentou um diagnóstico do município com mais de 400 páginas. Em sua estreia em um cargo público, se mostra otimista, mas já enfrenta desafios como a renúncia do vice-prefeito eleito, o deputado estadual João Malheiros (PR).
O senhor já recebeu o relatório da equipe de transição e tem um pouco da noção do desafio que tem pela frente. Qual a expectativa para o seu mandato?
Continuo mantendo a expectativa positiva. Cuiabá tem enormes desafios, como nós dissemos no início da campanha, mas acredito que um trabalho sério, com foco em gestão e aplicação correta do dinheiro, vai conseguir, em um curto espaço de tempo, produzir alguns resultados diferentes e melhores para a população cuiabana.
O fato de assumir a Prefeitura da Capital sem um vice-prefeito causou algum impacto nessa expectativa?
O vice, legalmente, tem a função de substituir o prefeito. Certamente o João Malheiros (PR) é um grande companheiro, nos ajudou na eleição. O PR nos ajudou muito na eleição, mas o exercício da condução da máquina pública e política da Prefeitura de Cuiabá compete ao prefeito. E os meus compromissos estão mantidos com a população cuiabana. Na atual gestão, tivemos alguns episódios polêmicos quando o presidente da Câmara assumiu o comando da Prefeitura. O senhor não teme que esta situação possa deixar sua gestão um pouco mais fragilizada?
Eu acredito que o próximo presidente da Câmara terá que ter a responsabilidade de não fazer nenhum ato que desabone
o rumo da gestão. Nós vamos estabelecer metas, prioridades, diretrizes e, certamente, se a minha ausência for necessária,
essas diretrizes serão mantidas. Saúde é sua prioridade, inclusive com um incremento de R$ 10 milhões no orçamento previsto para a pasta. Como o senhor pretende conduzir a construção de um novo Pronto Socorro e o aumento da contratação de
profissionais ao mesmo tempo?
o rumo da gestão. Nós vamos estabelecer metas, prioridades, diretrizes e, certamente, se a minha ausência for necessária,
essas diretrizes serão mantidas. Saúde é sua prioridade, inclusive com um incremento de R$ 10 milhões no orçamento previsto para a pasta. Como o senhor pretende conduzir a construção de um novo Pronto Socorro e o aumento da contratação de
profissionais ao mesmo tempo?
Num primeiro momento o foco da melhoria dos resultados da saúde está, primeiro, em atender as condições mínimas e necessárias para o bom desempenho das atividades dos profissionais da saúde; segundo, reposição do quadro de médicos para atender nas policlínicas de Cuiabá – serão necessárias, aproximadamente, 60 contratações e nós faremos isso nos próximos 90 dias; terceiro, uma readequação de algumas atividades no Pronto Socorro Municipal para melhorar o fluxo de atendimento dentro da realidade existente.
Mas o prefeito Chico Galindo (PTB) convocou 80 médicos aprovados no concurso público e somente 30 compareceram. Como o senhor pretende fazer essas contratações?
Mas o prefeito Chico Galindo (PTB) convocou 80 médicos aprovados no concurso público e somente 30 compareceram. Como o senhor pretende fazer essas contratações?
Faremos isso dentro dos limites legais, iremos reconvocar alguns profissionais e tenho certeza que alguns poderão aceitar e iremos também contratar dentro de critérios legais para atender essa emergência de melhorar a qualidade do atendimento da saúde em Cuiabá. Esses limites legais incluem aumento de salário para tornar as vagas mais atrativas?
Faremos tudo aquilo dentro do limite da lei e de princípios que não comprometam também uma administração que tem que se pautar pelo princípio da isonomia com o servidor público. Essas contratações são medidas de curto prazo, mas para fazer um concurso público são necessários cerca de, pelo menos, seis meses de gestão. Como o senhor pretende fazer nesses primeiros dias?
Por isso que existem limites legais e outras formas e nós adotaremos todas elas respeitando a lei. Vamos fazer contratos temporários, de prestação de serviços, terceirizações. Vamos usar da legalidade, mas acima de tudo da criatividade para resolver problemas.