Barreira de policiais militarem impede a entrada na sede do Palácio Alencastro
Thiago Bergamasco/MidiaNews
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Manifestantes levaram faixas e cartazes para a frente do Palácio Alencastro
LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Cerca de 200 pessoas realizam um protesto, na manhã desta quarta-feira (9), em frente à sede da Prefeitura de Cuiabá, contra o aumento da tarifa dos ônibus que circulam pela Capital. O valor da passagem subiu para R$ 2,95 no último dia 28 de dezembro.DA REDAÇÃO
Estudantes, líderes sindicais e trabalhadores participam do movimento e pedem a presença do prefeito Mauro Mendes (PSB) para ouvir as demandas da população e esperam que ele assuma o compromisso de revogar o decreto assinado pelo seu antecessor, Chico Galindo (PTB), que aumentou a passagem.
Uma barreira humana, formada por aproximadamente 20 policiais militares, está posicionada em frente à porta do Palácio Alencastro, impedindo a entrada dos manifestantes. Outros 10 policiais se encontram na Praça Alencastro, acompanhando a situação.
Os líderes do movimento pretendem protocolar uma carta aberta ao prefeito, onde relatam a qualidade do transporte público em circulação e questionam os motivos que levaram os empresários a solicitarem, pela segunda vez em prazo de 12 meses, o aumento da tarifa ao Conselho Municipal de Transporte (CMT).
Um dos idealizadores do movimento e integrante do Intersindical, Eduardo Matos, afirmou aoMidiaNews que novos atos devem ser realizados até fevereiro deste ano.
“Até fevereiro, nós vamos fazer atos com maior mobilização, aproveitando a volta às aulas dos estudantes. Se o prefeito continuar inacessível, vamos ocupar as ruas e vamos dar um basta na ‘ladroagem’ dos transportes”, afirmou.
A Câmara de Cuiabá também deverá ser alvo dos manifestantes da Frente de Luta pela Revogação do Aumento da Tarifa do Transporte Público em Cuiabá e Várzea Grande, que conta com o apoio de entidades civis organizadas.
"Até fevereiro, nós vamos fazer atos com maior mobilização, aproveitando a volta às aulas dos estudantes", promete um dos idelaizadores do movimento"
“Na volta à Câmara, nós vamos fazer uma visita aos vereadores, porque eles podem revogar o decreto do prefeito. E tem poder de revogar isso. Tem que dar um basta nesse conselho de transporte que toda vez no final de ano dá esse presente à população sem justificar dado nenhum”, criticou Matos.
Petição Pública
Os manifestantes também estão colhendo assinaturas em um abaixo-assinado hospedado no site Petição Pública –clique AQUI – a fim de moverem ação civil pública contra os responsáveis pela autorização da tarifa unificada dos coletivos de Cuiabá e Várzea Grande, hoje fixada em R$ 2,95.
Na petição, que já tinha mais de 1,1 mil signatários até a manhã de hoje (9), os usuários de transporte coletivo reclamam da qualidade dos serviços prestados pelas empresas detentoras do serviço, afirmando que os ônibus não seguem horários fixos e estão sucateados.
“Não foi apresentada nenhuma condição de melhora no transporte público e não há justificativa para o aumento do valor da passagem”, diz trecho do documento.
O documento ressalta, ainda, a ausência dos cobradores nos ônibus municipais, o que obriga os passageiros a adquirirem o cartão transporte e não mais fazerem uso de dinheiro para pagarem a passagem.
Aumento da tarifa
O aumento “relâmpago” da passagem foi sancionado pelo então prefeito Chico Galindo (PTB) no dia 28 de dezembro, pegando de surpresa mais de 350 mil usuários do transporte coletivo – clique AQUI.
Para justificar o aumento, as empresas alegam aumento no valor do combustível (óleo diesel menos poluente, que seria 23% mais caro que o comum) e reajuste do salário dos empregados.
A integração entre as linhas e o aumento do consumo dos veículos por cada viagem, em virtude dos desvios das obras da Copa do Mundo de 2014, também foram justificativas usadas para o aumento da passagem.
Concessão
As concessionárias de transporte coletivo na Capital são Pantanal Transporte Urbano Ltda., Expresso Norte Sul Transportes Ltda. e Integração Transporte Ltda.
A empresa responsável pelas linhas intermunicipais (que ligam Cuiabá à Várzea Grande) é a União Transportes.
Thiago Bergamasco/MidiaNews
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Manifestante segura cartaz contra o prefeito Mauro Mendes
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