Kamil Fares (PDT) cobra R$ 9,5 milhões do Estado e pede "paciência" na Saúde de Cuiabá



Diferentemente do compromisso assumido na campanha eleitoral de praticamente acabar com as filas nas unidades públicas de saúde num prazo de 100 dias, o novo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), já sabe que não conseguirá cumprir com a ousada meta pelo menos neste primeiro ano de mandato. Nesta terça-feira, em entrevista ao jornal do Meio Dia (TV Record), o secretário municipal de Saúde, o médico Kamil Fares (PDT), pediu "paciência" a sociedade cuiabana para que se amenize o caos vivenciado na capital do Estado.

"A população tem o direito de reclamar, mas eu só peço uma coisa: um pouquinho de paciência", disse o médico, ao argumentar que "ninguém consegue mudar um modelo errado de 10, 20 anos em apenas 10 dias".
Kamil Fares ainda reclamou do fato do prefeito Mauro Mendes ter encontrado apenas R$ 95 mil no caixa da prefeitura deixados pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), que entregou o cargo no último dia 1º. "Se houvessem mesmo os R$ 15 milhões anunciados pelo Galindo no caixa, grande parte deste valor já iria para a saúde". frisou.
Polêmica
Durante a entrevista ao jornalista Lúcio Sorge, o secretário cobrou publicamente o Governo do Estado de um atraso de R$ 9,5 milhões de Convênio para a manutenção do pronto-socorro de Cuiabá. "Infelizmente, o Estado não vem honrando seus compromissos e isto acaba gerando transtornos na ponta final", salientou.
Kamil Fares ainda explicou que 40% do atendimento na unidade de saúde é para pacientes de Várzea Grande e interior do Estado. Ele informou que cada paciente custa R$ 2 mil por dia caso fique internado.
O médico ainda lamentou o modelo em que as UPA´s (Unidade de Pronto Atendimento) vem sendo construídas em Cuiabá. "Como foram concebidas, as três UPA´s não irão desafogar o pronto-socorro em nada. Serão apenas grandes policlínicas e iremos fazer alterações no modelo", avisou.