Kamil diz que não há restos a pagar, mas falta repasse do Estado


O secretário denuncia que nem mesmo as verbas federais enviadas por meio do Executivo estadual chegam aos cofres da prefeitura.

RepórterMT/Andréa Haddad
O novo secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil FaresO novo secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares
ANDRÉA HADDAD

O novo secretário de Saúde de Cuiabá, o médico Kamil Fares (PDT), critica o Governo do Estado pela ausência de repasse da verba destinada à pasta que, segundo ele, chega a R$ 1,3 milhão ao mês. O gestor reclama que há quatro meses o montante não é liberado. “A secretaria não tem dívidas, tem receitas não repassadas. O governo estadual tem o compromisso de repassar R$ 1,6 milhão do montante de R$ 1,3 milhão que deveria liberar para o atendimento de alta e média complexidade”.


Kamil denuncia que nem mesmo as verbas federais enviadas por meio do Executivo estadual chegam aos cofres da prefeitura. “Neste momento, estamos conseguindo remanejar os recursos federais enviados diretamente para a secretaria municipal, mas isto não tem longevidade”.

Ele também já avisa que, mesmo o Estado repassando R$ 1,6 milhão, faltaria dinheiro diante da demanda de pacientes de outras cidades, que aportam nos hospitais públicos da Capital. “Não é o suficiente, mas já amenizaria a situação se contássemos com este recurso”, aponta.

Sobre o levantamento de dados da secretaria exigido pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), Kamil diz que, nos primeiros cinco dias, tomou conhecimento das informações macro, que incluem receitas fixas e alternativas e despesas. “A secretaria é muito complexa para você conseguir em cinco dias ter um diagnostico. Além do macro, trabalhamos em um plano de contingencia para amenizar a falta de médicos”, explica.

As ações do plano vão ser anunciadas nesta quinta (10). Enquanto isso, o secretário diz que a pasta está atendendo todas as emergências e elaborando as novas medidas a serem tomadas. “Estamos, inclusive, planejamento as ações de combate ao mosquito da dengue”.

A pasta conta com aproximadamente seis mil funcionários, entre corpo médico, vigilância sanitária, secretaria, além dos funcionários das policlínicas e dos Postos de Saúde da Família (PSFs).