Valérya Próspero
Rodinei Crescêncio
Vereador Júlio Pinheiro, do PTB
Em coletiva, João Emanuel, acompanhado por outros 7 vereadores, elencou vários vícios e irregularidades na aprovação do projeto. Entre eles a inexistência de protocolo, ausência de convocação com 24 horas de antecedência para sessão extraordinária com a pauta especificada como prevê a lei. O projeto de aumento do imposto também não teria parecer das comissões de Constituição e Justiça, Financeira e nem de Defesa do Consumidor.
Pinheiro nega as irregularidades e afirma que os parlamentares foram convocados na sessão ordinária para participarem da extraordinária e, por isso, o documento seria desnecessário. O petebista, no entanto, não deu explicações sobre ausência do parecer das comissões, mesmo com o vereador Toninho de Souza (PSD), que presidia a comissão de Direito do Consumidor, garantindo durante a coletiva desta sexta (11) que não analisou o projeto antes da votação.
Para Pinheiro, ao invés de a CDL e outras instituições sindicais dos empresários irem à Câmara pedir para revogar o imposto, deveria cobrar a aplicação dos recursos e apresentar relatório sobre o pagamento do IPTU. “Tem presidente que é campeão de sonegação de imposto”, ressalta. Segundo ele, a atitude do presidente do Legislativo é de caráter político e que ele ainda está aprendendo a conhecer o sistema da Câmara.
João Emanuel, por sua vez, disse que o Legislativo deve analisar outros projetos aprovados na Câmara a toque de caixa. Já o vereador Onofre Júnior (PSB), vice-presidente da Mesa, garante que a relação com o Executivo vai ser bem diferente da gestão anterior. “Estamos inaugurando uma "nova era" na relação entre o Legislativo e Executivo. Não vamos votar nada de forma atropelada. Tudo terá que ser discutido com a sociedade de forma bem transparente”, concluiu.





