Judeu ortodoxo pega 103 anos de prisão por abuso sexual nos EUA


Nechemya Weberman, era 'terapeuta informal' em comunidade em NY.
Ele abusou de menina de 12 anos que se consultava com ele.

Da AFP
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Um conselheiro espiritual da comunidade judaica ultraortodoxa hassídica de Nova York foi sentenciado na terça-feira a 103 anos de prisão após ter sido considerado culpado pelo abuso sexual de uma menina de 12 anos, informou a promotoria do Brooklyn.

Nechemya Weberman, de 54 anos, tinha sido condenado em dezembro passado por 57 acusações vinculadas a crimes sexuais e de abuso de menores contra uma menina de 12 anos.
Rachel Krausz, mãe da vítima, tinha enviado sua filha de 12 anos a sessões com Weberman - considerado um "terapeuta sem licença" pela promotoria - porque na escola lhe tinham dito que ela tinha problemas de comportamento.
O conselheiro abusou da menor "múltiplas vezes" desde o início das consultas em 2007 até 2010.
Nechemya Weberman chega ao tribunal nesta terça-feira (22) em Nova York (Foto: AP)Nechemya Weberman chega ao tribunal nesta terça-feira (22) em Nova York (Foto: AP)

"Se há uma lição a tirar deste caso é que este escritório perseguirá a maldade do abuso sexual de menores, sem importar em que lugar deste condado ocorra", informou o promotor Charles Hynes em um comunicado.
Sua sentença estava prevista para 9 de janeiro, mas foi adiada até esta terça-feira.
O julgamento contra Weberman, que começou na semana passada, revelou detalhes da comunidade hassídica, geralmente muito fechada e que se concentra no Brooklyn.
A mãe explicou que nunca imaginaria um comportamento deste tipo por parte do conselheiro espiritual, dadas as estritas regras da comunidade, em que as pessoas são separadas pelos sexos e onde as relações extraconjugais são um tema tabu.
Segundo a mulher, a filha tinha problemas em aceitar as regras da religião que obrigam as jovens a se vestir de forma austera, com meias grossas que cobrem as pernas.
A adolescente tinha sido repreendida por abrir o primeiro botão da camisa.
É muito raro que acusações deste tipo na comunidade hassídica cheguem à Justiça Civil.
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