Isso tem nome perseguição a Mauro Mendes: Galindo "deu jeito" para apressar reajuste de 13% na tarifa de ônibus


Jacques Gosch

-- Decreto do ex-prefeito Chico Galindo foi publicado em edição extra da Gazeta Municipal
Decreto do ex-prefeito Chico Galindo foi publicado em edição extra da Gazeta Municipal
   Na última semana do mandato, o ex-prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) “deu um jeito” de apressar a vigência do reajuste de 13,43% na tarifa do transporte coletivo. A solução encontrada foi publicar o decreto em edição extra da Gazeta Municipal em 26 de dezembro de 2012, um dia após o natal.
   
Dessa maneira, o aumento passou a vigorar logo após o retorno do feriado “pegando de surpresa” grande parte dos usuários. A passagem de ônibus subiu de R$ 2,60 para R$ 2,95. A Associação Mato-Grossense de Transportes Urbanos (MTU) afirma que o reajuste foi motivado pelo aumento do combustível e da mão de obra.
   O Conselho Municipal de Transporte aprovou o reajuste em reunião realizada no dia 7 de dezembro de 2012. Nenhum um representante do órgão, no entanto, se pronunciou publicamente sobre a decisão.
   A Agência Reguladora dos Serviços Públicos e Delegados de Mato Grosso (Ager), que também deu aval ao reajuste, lembra que a possibilidade de reajustes estava prevista nos contratos das empresas de transporte. Além disso, justifica que em Cuiabá e Várzea Grande foram considerados elementos como fator de integração e as obras da Copa que obrigaram os ônibus a aumentar o tempo de viagem.
   Na quarta (09), estudantes e sindicalistas fizeram manifestação contra o reajuste do transporte coletivo em frente ao Palácio Alencastro. Representantes do grupo até foram recebidos pelo secretário de Governo Fábio Garcia, mas saíram sem esperança de reverter o decreto de Galindo.
  O prefeito Mauro Mendes (PSB), que ingressou na política como presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFMT, lembrou que os estudantes têm passe livre em Cuiabá. Mesmo assim, ressaltou que o protesto foi democrático.
   Mauro também descartou a revogação do reajuste. Conforme o prefeito, o aumento da passagem respeitou a legislação. “Foi um ato do ex-prefeito Francisco Galindo. Não posso fazer o que os manifestantes querem. Também não vou mudar a agenda por pressão. Seria bom se os estudantes se mobilizassem contra a corrupção e pela qualidade das obras públicas”, concluiu.
   Outro lado
   O ex-prefeito Chico Galindo, que está em férias, não foi localizado para falar sobre a publicação do decreto. Os telefonemas da reportagem não tiveram retorno.
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