Gestor aguarda entrega do estudo solicitado a técnicos da Sanecap para avaliar a possibilidade de a autarquia ter outra função na gestão municipal, que possa justificar o gasto que dá
ANDRÉA HADDAD
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), está tendo surpresas indigestas na gestão pública. Empresário conceituado e atuante, ele não se furta em culpar a burocracia pelos entraves neste início de gestão.
Já no 1º de janeiro deste ano, no primeiro dia como prefeito, Mendes participou de reunião com representantes da Agência Municipal de Água e Esgoto Sanitário (Amaes), responsável por fiscalizar o setor, e da empresa CAB Ambiental, concessionária de fornecimento de água potável e tratamento de esgoto e cobrou qualidade nos serviços.
“Quero saber sobre esta história de estar faltando água em Cuiabá. Eu disse que sou um homem de palavra e que honro contrato, mas a empresa também precisa prestar um serviço de qualidade para a população. Quero saber o que a Amaes [Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário] está fazendo e vou analisar se está cumprindo o papel ou não”, declarou na ocasião.
Vinte e um dias após o encontro, porém, Mauro ainda não tem uma resposta sobre o estudo e a providência tomada pela agência fiscalizadora sobre a falta d´agua na Capital. “Estou esperando a Amaes me entregar, também não acontece como a gente quer. Já fiz um pedido e acho que chega nesta semana”, pondera.
Outra reclamação do gestor foi em relação ao parecer da Controladoria-Geral do Município, que apresentou entendimento contrário à majoração em 25% da tarifa do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Pedi na semana passada e só chegou hoje”, declarou Mauro, no momento do anúncio da manutenção da alíquota no mesmo percentual de 2012. Também na semana passada, reclamou: "as coisas não andam, pelo menos não na velocidade que quero".
O gestor aguarda agora a entrega do estudo solicitado a técnicos da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) para avaliar a possibilidade de a autarquia ter outra função na gestão municipal, diante do passivo de R$ 1 milhão ao mês nas contas do Executivo. O prefeito entende que a empresa precisa justificar os gastos para ter a estrutura mínima funcionando.
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