Cruz Vermelha cria força-tarefa em Santa Maria


A Cruz Vermelha Brasileira pediu à federação internacional da entidade que disponibilize profissionais de outros países especializados em estresse pós-traumático

Alex Rodrigues, da 
Parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss participam de velório coletivo em Santa Maria
Parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss:  o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul abriu cadastro para profissionais voluntários.
Brasília - Por iniciativa da Cruz Vermelha no Rio Grande do Sul, representantes de várias entidades de psicologia e psiquiatria, universidades e outros órgãos de assistência psicossocial se reuniram hoje (28), em Porto Alegre (RS). O objetivo foi definir uma estratégia de atendimento gratuito às famílias das vítimas e aos sobreviventes do incêndiona Boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido na madrugada de ontem (27).
“A situação é muito traumática e sabemos que, após alguns dias, vai começar a segunda onda de choque, quando há o risco de os parentes e até mesmo de os sobreviventes adoecerem. Por isso, estamos criando uma estratégia para atuar preventivamente, ajudando os governos estadual e municipal a dar apoio não apenas às famílias de Santa Maria”, disse o presidente da filial da entidade em Santa Maria, o psiquiatra Manoel Garcia Júnior, ao lembrar que muitas das pessoas mortas e dos sobreviventes se mudaram sozinhos para a cidade a fim de estudar em uma das muitas universidades da região.
Além da filial estadual mobilizar as associações de classe e universidades, a Cruz Vermelha Brasileira pediu à federação internacional da entidade que disponibilize profissionais de outros países especializados em estresse pós-traumático. A finalidade é que eles possam repassar aos voluntários em Santa Maria suas experiências no tratamento de sobreviventes e parentes de vítimas de catástrofes.
Segundo o psiquiatra, a assistência psicológica já está sendo oferecida desde ontem. Porém, as ações tendem a se tornar mais necessárias conforme os parentes das vítimas cumpram as primeiras providências práticas e comecem de fato a assimilar o impacto do episódio. “A força-tarefa vai ajudar a instrumentalizar, treinar, acompanhar, monitorar e sugerir estratégias de campanhas públicas. Entidades como a associação de psiquiatria já estão conclamando seus membros para abrirem seus consultórios a fim de atender gratuitamente as pessoas. Também estamos organizando as instituições de formação [universidades] de todo o estado a também terem horários vagos, gratuitos, para atenderem as pessoas nesta situação”, explicou Júnior.

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/cruz-vermelha-cria-forca-tarefa-em-santa-maria

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