Após cometer uma grande traição Faissal explica voto e diz que consultou base antes da eleição


Nayara Araújo

   Após ser o propulsor de tumulto que se firmou nos corredores da Câmara de Cuiabá, o vereador Faissal Calil (PSB) se manifesta sobre os motivos que o levou a votar no novo presidente da Câmara, João Emanuel (PSD), ao invés de seguir a orientação do partido para eleger o colega de sigla, Adilson Levante (PSB), derrotado por 11 votos contra os 14 do social-democrata.
   O voto a João Emanuel foi visto como traição pelos socialistas, que chegaram a deixar em estilhaços uma das portas de vidro que dava acesso ao Plenário da Câmara. Os insultos, aos gritos, classificavam Faissal como traidor. O parlamentar rebate as acusações, alegando que não traiu seus ideais, tampouco as propostas que lhe conduziram à Câmara. Por meio de nota, garante que os Poderes Legislativo e Executivo municipal e estadual devem ser respeitados com a singularidade que cada um têm.
   "Reafirmo que integrar a mesma sigla que o prefeito não irá, de forma alguma, afetar a minha independência no exercício do meu mandato e o meu dever constitucional de fiscalizar tanto a Câmara quanto o Executivo, ou propor e avaliar projetos de lei do interesse da população. A administração da Câmara, a Prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado devem ser respeitados com as suas peculiaridades”.
   Em seguida, Faissal garante ter consultado a base do PSB antes de tomar a atitude e também assegura que seu voto foi pelo cumprimento de sua palavra, pois já havia comunicado João Emanuel a intenção de votar na chapa encabeçada por ele. Ele alega ainda que a candidatura de Onofre Junior (PSB) à presidência, que também votou na chapa do social-democrata, foi discutida entre os socialistas. “Mas infelizmente a chapa encabeçada por meu correligionário Onofre Junior não obteve as condições necessárias para viabilizar seu sucesso”.
   Os esclarecimentos do socialista também fazem menção à declaração do senador Pedro Taques (PDT), que na posse de Mauro Mendes (PSB), ressaltou a importância do vereador para a cidade e aproveitou para mandar o recado: "Vereador não pode ter dono. Não é coisa, que pode ser vendida". Desse modo, Faissal compactou com a declaração do pedetista e frisou, mais uma vez, ter compromisso não só com quem o elegeu, mas com toda a população.
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