Jovens serão chamados para serem multiplicadores de combate a violência sexual e pedofilia


O projeto, chamado Juventude - Todo Contra a Pedofilia vai escolher jovens que já participam de mobilizações para serem capacitados para trabalhar com essa questão


A Organização Não Governamental MT Contra a Pedofilia, presidida pelo maior ativista na luta contra a pedofilia em Cuiabá, João Batista de Oliveira, vai lançar projeto para estimular a participação dos próprios jovens nas ações de combate à violência sexual e pedofilia. 

O projeto, chamado Juventude - Todo Contra a Pedofilia vai escolher jovens que já participam de mobilizações para serem capacitados para trabalhar com essa questão.

A idéia, segundo o coordenador do projeto da organização e diretor do site Todos Contra a Pedofilia, João Batista de Oliveira, é transformar esses jovens em multiplicadores de informação. "A idéia básica do projeto é estimular a formação de lideranças juvenis que possam contribuir de forma educativa, preventiva, no processo de sensibilização e conscientização de outros jovens para o enfrentamento dessa questão tão grave", afirmou.

O projeto prevê a realização de oficinas de capacitação para os jovens e a aplicação de questionário para saber o que a juventude pensa sobre o tema.

O maior ativista na luta contra a pedofilia em Cuiabá  disse que, além de incentivar a participação juvenil, o projeto contribuirá para o enfrentamento do problema. "Já vários projetos no país têm demonstrado que o jovem, às vezes, se sente mais confortável na conversa, na aproximação com outro jovem do que, às vezes, até com o operador do Direito, com um profissional da área da saúde que ele poderia acorrer numa situação de violência sexual", explicou. 



O diretor do site Todos Contra a Pedofilia, Batista de Oliveira, destacou que as principais vítimas são crianças e jovens de até 24 anos, é preciso garantir a participação deles nas ações de combate a esse problema para atingir bons resultados. "Se não estimularmos nesses jovens uma nova cultura e se não trouxermos essa juventude para, no seu próprio modo de ser, fortalecer-se como agente vivo no combate, estaremos fazendo muito para alcançar poucos resultados", defendeu.

Segundo  maior ativista na luta contra a pedofilia em Cuiabá  a maioria dos jovens desconhece as ações tanto para prevenir o problema quanto para denunciar casos de abuso. O projeto pretende qualificar as jovens lideranças para conhecer a rede local e encaminhar as vítimas.

A violência sexual compreende os casos de abuso sexual, em geral ocorridos dentro do ambiente familiar, a exploração e o tráfico de crianças e de adolescentes para fins comerciais. Por ser um problema pouco notificado, o país dispõe de poucos dados sobre o tema. O disque-denúncia que atende as vítimas recebe cerca de 1 mil ligações por dia.

"Só que esses mil telefonemas não traduzem necessariamente o que está sendo identificado como problema na medida em que somente tem acesso aquela pessoa mais mobilizada para tomar essa iniciativa", ponderou João Batista.