O vereador de Várzea Grande, Antonio José de Oliveira – o Toninho do Glória (PV) registrou ontem (28.01), um boletim de ocorrência (B.O), contra o ex-secretário de Infraestrutura (Sinfra) e atual presidente do Diretório municipal do PV, Danilo Baptista.
Em entrevista ao VG Notícias, neste domingo (29.01), o parlamentar contou que há cerca de um ano e meio, realizou uma operação de troca de cheques com Danilo. Ele emprestou oito cheques de um amigo no valor de R$ 10 mil cada e trocou com Baptista e conseguiu resgatar apenas dois, segundo ele, por conta de dificuldades financeiras.
Descontente com a inadimplência do parlamentar, o presidente do PV, ontem (28.01), abordou o vereador em frente à prefeitura - e em tom ameaçador, segundo Toninho, fez uma advertência. “Você não sabe com quem está mexendo. Vou receber de um jeito ou de outro. Eu não sou moleque e não tenho tempo pra perder. Não sou do tamanho que você pensa que sou”, desabafou. Com medo da atitude de Baptista, o vereador registrou o B.O.
“Ele é presidente do meu partido. Eu sou candidato à reeleição, não sei o que ele pode querer fazer comigo para me prejudicar. E também do jeito que ele falou ontem, você não sabe com quem está mexendo, fiquei com medo. Pode ser ameaça de morte ou barrar minha candidatura”, desabafou o vereador.
Toninho do Glória disse que não tem a intenção de dar calote em Danilo, mas no momento não tem como pagar os cheques. Ele disse que não considera os juros altos. "Ele quer cobrar R$ 15 mil de cada cheque, porque faz mais de um ano. O que achei ruim é que ele procurou a pessoa que me emprestou os cheques. E Danilo sabia que os cheques eram emprestados de uma pessoa que não tem como pagar, porque ganha salário mínimo. Eu nunca escondi dele e nem do senhor que me emrpestou", explicou o pevista.
Outro lado: A reprotagem do VG Notícias entrou em contato com Danilo por meio do celular, mas ele não atendeu e não retornou até o fechamento da matéria.
Entenda o caso: O agiota ou usurário é a pessoa física que faz prática da usura, ou seja, empresta dinheiro a outra pessoa no mercado informal, sem a devida autorização legal para isso.
São procurados por pessoas que não têm crédito na praça por terem baixa renda, estarem muito endividados ou na lista dos devedores em atraso.
Como estas pessoas não possuem alternativas, o agiota costuma cobrar juros bem mais altos do que os bancos e financeiras.
Não há contrato de empréstimo e tudo é feito verbalmente, quase sempre garantido por cheques pré-datados. Dependendo do valor do empréstimo podem pedir em garantia um imóvel, a transferência de um veículo, etc.
Como os agiotas têm algumas dificuldades legais para recorrer à Justiça em caso de inadimplência, muitas vezes usam de métodos coercitivos, pouco amigáveis ou mesmo perigosos para tentar recuperar o dinheiro emprestado.
Normalmente a prova ou o reconhecimento da prática de agiotagem, por si só, não implica na nulidade do contrato de empréstimo que normalmente embasa a execução feita pelo agiota contra o devedor.
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