A jornalista mexicana Lydia Cacho e o escritor italiano Roberto Saviano receberam, na semana passada, o prêmio sueco Olof Palme por arriscarem suas vidas para expor organizações criminosas. A premiação foi criada em 1987 em homenagem ao primeiro-ministro sueco Sven Olof Joachim Palme, assassinado no ano anterior. Os vencedores recebem um certificado e US$ 75 mil.
Saviano é autor do livro Gomorra, que expôs as barbaridades do submundo da máfia napolitana. Depois de escrever o livro, em 2006, ele passou a ser ameaçado de morte, e hoje vive escondido sob proteção policial. Gomorra virou filme em 2008.
Ameaças e prêmios
Lydia Cacho escreveu, em 2005, o livro Los demonios del Edén, sobre uma rede de pedofilia envolvendo empresários e políticos mexicanos. Desde então, a jornalista e ativista passou a ser perseguida e ameaçada. Chegou a ser detida e respondeu a processo por calúnia e difamação – aberto por um dos empresários citados no livro. Ela foi inocentada, mas continua a sofrer ameaças.
Em 2008, Lydia recebeu o prêmio Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa, da Unesco; em 2010, foi premiada pela associação de escritores International PEN, e recebeu o título de “Herói da Liberdade de Imprensa” do International Press Institute; em 2011, ela recebeu o Prêmio Hrant Dink, criado em homenagem ao jornalista turco assassinado em 2007.
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