Tião da Zaeli “privatiza” o DAE sem ouvir população de VG

O prefeito de Várzea Grande, Sebastião Gonçalves – o Tião da Zaeli sem realizar como prometido realizar uma audiência pública para ouvir a população para tratar privatização do Departamento de Água e Esgoto (Dae). Tião descartou o termo de cooperação técnica que faria com a Sabesp e pretende realizar processo semelhante ao que ocorreu em Cuiabá, para resolver o problema de água e esgoto do município que se estende há mais de 10 anos,vergonhosamente sem consultar a população de Várzea Grande. 

Tião enviou à Câmara de Vereadores na última sexta-feira (23) o projeto de lei que permite a concessão DAE. A matéria deve ser votada ainda nesta segunda-feira (23), em sessão extraordinária. 

Com a proposta da Sabesp, que elaborou um projeto de melhorias nos serviços de água e esgoto para Várzea Grande, o município teria que desembolsar cerca de R$ 280 milhões, valor considerado inviável, já que atualmente a arrecadação do órgão fica na casa dos R$ 1,5 milhão. 

Segundo Zaeli, “o município não tem condições para investir em infraestrutura”, obrigando-o a decidir por outros modelos de gestão. Tião vinha estudando três possibilidades que poderiam servir como soluções: concessão, privatização e assinatura de um termo de cooperação técnica.

O valor da outorga, das dívidas do município, das ações trabalhistas, do pagamento de fornecedores e investimentos em infraestrutura deverão compor o valor da concessão que ainda será definido. 

Vergonhosamente Tião voltou a trás concernente as Audiências 

Com o discurso para boi dormir do novo modelo de gestão, a prefeitura recuou na abertura das audiências públicas, o que iria permitir que à população com o poder de voto pela aprovação ou veto da proposta apresentada. O processo deveria ocorrer nos moldes como realizado em Cuiabá, onde ocorreram quatro audiências públicas para que a população opinasse sobre o edital de concessão da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap). 

Na opinião do líder comunitário Alencar Dutra, a gestão pública deveria ter consultado a população antes da tomada de decisão. 

“Se fosse solucionar o problema tudo bem, mas as coisas não se resolvem desta forma, enfim, os problemas não são resolvidos do dia para a noite. Talvez a prefeitura resolveria melhor o problema da água”, criticou o líder comunitário.