Em dois dias, seis veículos foram apreendidos na capital
Fila dupla em porta de escola: transtornos(Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet) |
As aulas na grande maioria das escolas particulares já estão normalizadas em Aracaju. O retorno às atividades escolares sempre está associado a problemas no trânsito, causando grandes congestionamentos em locais próximos aos estabelecimentos de ensino e grandes transtornos até nos corredores de pouca movimentação, devido ao constante desrespeito de pais de alunos e motoristas de transporte escolar, que insistem em provocar filas duplas para embarque e desembarque dos alunos na porta das escolas.
“É realmente o caos, mas não temos espaço para estacionamento”, reclama uma mãe de aluno, que, às pressas não teve tempo de se identificar.
E, entre as preocupações dos agentes de trânsito, está o transporte escolar clandestino. O ano letivo nas escolas particulares foi iniciado na segunda-feira, 23, e, em apenas dois dias de início das aulas, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) já apreendeu seis veículos cujos motoristas são flagrados na clandestinidade oferecendo transporte escolar aos alunos.
E, entre as preocupações dos agentes de trânsito, está o transporte escolar clandestino. O ano letivo nas escolas particulares foi iniciado na segunda-feira, 23, e, em apenas dois dias de início das aulas, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) já apreendeu seis veículos cujos motoristas são flagrados na clandestinidade oferecendo transporte escolar aos alunos.
Diogo Crispim: fiscalização rigorosa |
O coordenador da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju, Diogo Crispim, revela que os motoristas clandestinos costumam agir estacionando os veículos em pontos estratégicos, próximos a estabelecimentos escolares, especialmente a partir das 11h30, diariamente de segunda a sexta-feira. “Os agentes de trânsito estão atentos e já sabem como é o comportamento”, alerta Crispim, da Coordenadoria de Operação de Táxi da SMTT (Cotaxi).
No flagrante, os agentes de trânsito, segundo Crispim, orientam o motorista a transportar o aluno até a residência e exige que o motorista, ao deixar o passageiro, siga a equipe da SMTT para que os procedimentos específicos que caracterizam o flagrante sejam devidamente adotados na sede do órgão.
O veículo é apreendido e o motorista obrigado a pagar multa no valor de R$ 319, além de ficar proibido de fazer o transporte escolar. Em caso de reincidência, o valor da multa é duplicado, segundo o coordenador da SMTT. No ano passado, a SMTT apreendeu mais de 100 veículos usados por motoristas para fazer transporte escolar clandestino.
Novas vagas
No flagrante, os agentes de trânsito, segundo Crispim, orientam o motorista a transportar o aluno até a residência e exige que o motorista, ao deixar o passageiro, siga a equipe da SMTT para que os procedimentos específicos que caracterizam o flagrante sejam devidamente adotados na sede do órgão.
O veículo é apreendido e o motorista obrigado a pagar multa no valor de R$ 319, além de ficar proibido de fazer o transporte escolar. Em caso de reincidência, o valor da multa é duplicado, segundo o coordenador da SMTT. No ano passado, a SMTT apreendeu mais de 100 veículos usados por motoristas para fazer transporte escolar clandestino.
Novas vagas
Transporte Escolar: preocupação de pais e agentes de trânsito |
À SMTT, os motoristas se defendem solicitando a regularização e reclamam que o número de veículos cadastrados é insuficiente para atender a demanda. Para os motoristas, o ideal é a SMTT aumentar as vagas para este tipo de credenciamento. Mas o coordenador da Cotaxi explica que o período de licitação para disputar as vagas disponibilizadas pela SMTT para este tipo de transporte foi encerrada no dia 20 deste mês.
A SMTT, segundo Crispim, abriu licitação no dia 28 de dezembro do ano passado, inclusive com a decisão de duplicar o número de vagas. No ano passado, atuaram 125 veículos e, para este ano, a previsão é que entrem em circulação outros 125, cujo processo de licitação ainda está em fase de conclusão. “Assim que observarmos se as vagas foram realmente preenchidas, poderemos saber se haverá ou não um novo processo de licitação”, enfatizou o coordenador da SMTT, informando que, ao final do processo, 250 veículos estarão aptos para realizar este tipo de serviço.
A SMTT, segundo Crispim, abriu licitação no dia 28 de dezembro do ano passado, inclusive com a decisão de duplicar o número de vagas. No ano passado, atuaram 125 veículos e, para este ano, a previsão é que entrem em circulação outros 125, cujo processo de licitação ainda está em fase de conclusão. “Assim que observarmos se as vagas foram realmente preenchidas, poderemos saber se haverá ou não um novo processo de licitação”, enfatizou o coordenador da SMTT, informando que, ao final do processo, 250 veículos estarão aptos para realizar este tipo de serviço.
Ivanira Tavares: opção para levar e buscar filhos na escola |
Ele informa que nova licitação somente será efetivamente instaurada se o número de candidatos for inferior às vagas ofertadas. No primeiro momento, estarão desclassificados os motoristas que apresentarem documentação incompleta ou tiver antecedentes criminais. Novas vagas só serão abertas se o número de aprovados for inferior ás vagas existentes. O coordenador do Cotaxi avalia que as 250 vagas disponibilizadas serão suficientes para atender a demanda por um período de dez anos.
Crispim adverte pais de alunos a buscar os carros oficializados para fazer o transporte dos alunos. Os pais encontram maior conforto e mais tranquilidade optando pelo transporte escolar coletivo, mas outros preferem o sacrifício por não confiar em desconhecidos. “Ah! nem sei. Não confio. Com tanta coisa acontecendo por aí, com casos de pedofilia... Não dá pra confiar. Teria que olhar a vida toda do motorista... Não, eu prefiro vir e voltar todos os dias com meu marido para trazer e buscar meus filhos”, comenta Ivanira Tavares, mãe de três, entre os quais dois com idade escolar.
Crispim adverte pais de alunos a buscar os carros oficializados para fazer o transporte dos alunos. Os pais encontram maior conforto e mais tranquilidade optando pelo transporte escolar coletivo, mas outros preferem o sacrifício por não confiar em desconhecidos. “Ah! nem sei. Não confio. Com tanta coisa acontecendo por aí, com casos de pedofilia... Não dá pra confiar. Teria que olhar a vida toda do motorista... Não, eu prefiro vir e voltar todos os dias com meu marido para trazer e buscar meus filhos”, comenta Ivanira Tavares, mãe de três, entre os quais dois com idade escolar.
Diretor administrativo ajuda aluno a desembarcar com 'bagagem' |
Para o coordenador da SMTT, quando se trata de transporte clandestino os riscos são grandes. Ele orienta os pais a procurar os transportes legalizados, justamente para evitar transtornos maiores com os clandestinos. A vida pregressa do motorista candidato é um dos fatores mais observados pela SMTT no momento do credenciamento. “Para conceder a licença, observamos toda a vida dos motoristas”, tranquiliza Crispim.
Maiores informações sobre os transportes credenciados, os pais de alunos podem buscar na própria SMTT por meio do telefone 3179 – 1402. Ainda neste semestre, segundo Crispim, a SMTT disponibilizará a relação de todos os transportes credenciados na internet, cuja lista poderá ser acessada na página da SMTT , que ainda está em fase de criação.
No ano passado, um motorista de uma kombi que fazia o transporte escolar foi assassinado a tiros no início da manhã, no momento em que o motorista saía para iniciar a jornada de trabalho, buscando crianças nas respectivas residências para deixá-las nas escolas de Aracaju. Apesar do carro plotado, identificado como veículo credenciado pela SMTT, o motorista morto, Elenaldo Bispo dos Santos, 42, atuava irregularmente, segundo informou o coordenador da Cotaxi da SMTT de Aracaju.
Transtornos
Maiores informações sobre os transportes credenciados, os pais de alunos podem buscar na própria SMTT por meio do telefone 3179 – 1402. Ainda neste semestre, segundo Crispim, a SMTT disponibilizará a relação de todos os transportes credenciados na internet, cuja lista poderá ser acessada na página da SMTT , que ainda está em fase de criação.
No ano passado, um motorista de uma kombi que fazia o transporte escolar foi assassinado a tiros no início da manhã, no momento em que o motorista saía para iniciar a jornada de trabalho, buscando crianças nas respectivas residências para deixá-las nas escolas de Aracaju. Apesar do carro plotado, identificado como veículo credenciado pela SMTT, o motorista morto, Elenaldo Bispo dos Santos, 42, atuava irregularmente, segundo informou o coordenador da Cotaxi da SMTT de Aracaju.
Transtornos
Educadoras de trânsito ficam atordoadas com complexidade no trânsito |
O Portal Infonet visitou algumas escolas particulares mais movimentadas em Aracaju e constatou que algumas tomam iniciativa própria para não atrapalhar o trânsito. Em outras, a situação é classificada caótica e a direção da escola não se pronuncia, apenas transfere o problema para a responsabilidade da SMTT.
Um dos pontos mais problemáticos está concentrado no Centro de Aracaju, entre as ruas Estância e Siriri, onde se localiza um estabelecimento de ensino particular que oferece vagas para os ensinos fundamental e médio e também para nível superior.
Ali está instalado o Colégio Amadeus, onde se constatou grande tumulto. Nem os educadores de trânsito conseguiam solucionar o problema para fazer o trânsito fluir. “Não sei o que está acontecendo, somos apenas educadores de trânsito e já solicitamos a presença de agentes de trânsito por aqui, mas até o momento não chegou. Deve ter acontecido alguma coisa por aí”, observou uma educadora de trânsito, sem tempo para identificar-se.
Um dos pontos mais problemáticos está concentrado no Centro de Aracaju, entre as ruas Estância e Siriri, onde se localiza um estabelecimento de ensino particular que oferece vagas para os ensinos fundamental e médio e também para nível superior.
Ali está instalado o Colégio Amadeus, onde se constatou grande tumulto. Nem os educadores de trânsito conseguiam solucionar o problema para fazer o trânsito fluir. “Não sei o que está acontecendo, somos apenas educadores de trânsito e já solicitamos a presença de agentes de trânsito por aqui, mas até o momento não chegou. Deve ter acontecido alguma coisa por aí”, observou uma educadora de trânsito, sem tempo para identificar-se.
Direção de Colégio quer retirada de linha passando pelas ruas Siriri e Estância |
Educadores de trânsito da SMTT se posicionam nas proximidades das faixas de pedestre para orientar motorista e aluno na travessia, mas se consideram impotentes para apresentar solução para o trânsito. “Nem dá para parar para lhe atender, a situação é muito complexa”, reconheceu outra educadora.
O Colégio Amadeus se pronunciou sobre o problema por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com a assessoria, o colégio oferece condições disponibilizando cinco acessos distribuídos entre as ruas Siriri e Estância e a avenida Pedro Calazans. O congestionamento naquele trecho não é de responsabilidade do Colégio, segundo avalia a assessoria de imprensa.
A assessoria informa que a direção do Colégio vê como alternativa a retirada das linhas de transporte coletivo que saem da avenida Barão de Maruim, passando pelas ruas Siriri e Estância, para alcançar a avenida Pedro Calazans.
A SMTT, também por meio da Assessoria de Comunicação Social, informou que desconhece a proposta do Colégio Amadeus e assegurou que, para analisá-la, é necessário que a direção do colégio apresente a sugestão por meio de ofício. Segundo a assessoria, a SMTT não recebeu nenhuma proposta neste sentido.
No bairro Jardins, está bem melhor o fluxo de veículos na avenida Pedro Valadares, em frente a uma outra escola de médio porte. Para reduzir os transtornos, neste ano, a direção da escola desativou um acesso localizado na movimentada avenida, que atrapalhava o trânsito. Atualmente, a escola oferece três acessos, dos quais apenas um se concentra na Pedro Valadares, o que, na ótica do diretor administrativo, João Antonio Moreira, contribuiu para minimizar os problemas.
Na escola, equipes da coordenação pedagógica e da coordenação de disciplina, além do próprio diretor administrativo, ficam na porta recepcionando a clientela e ajudando o aluno a descer do veículo carregando ‘a bagagem’, que contém o material didático que os alunos rotineiramente carregam.
No local, foi encontrado apenas um agente de trânsito que monitorava o trânsito de longe. “Aqui a situação é muito tranquila”, reconhece o agente que se identificou apenas como Cláudio. Ele garante que há vários pontos em que há grandes transtornos. “O problema é que os pais querem deixar o filho na porta da escola, não se dispõem a parar o veículo a uma distância de 100 metros para o desembarque da criança e isto acaba provocando transtornos em todo o trecho onde a escola está instalada”, comenta o agente.
Por Cássia Santana
O Colégio Amadeus se pronunciou sobre o problema por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com a assessoria, o colégio oferece condições disponibilizando cinco acessos distribuídos entre as ruas Siriri e Estância e a avenida Pedro Calazans. O congestionamento naquele trecho não é de responsabilidade do Colégio, segundo avalia a assessoria de imprensa.
A assessoria informa que a direção do Colégio vê como alternativa a retirada das linhas de transporte coletivo que saem da avenida Barão de Maruim, passando pelas ruas Siriri e Estância, para alcançar a avenida Pedro Calazans.
A SMTT, também por meio da Assessoria de Comunicação Social, informou que desconhece a proposta do Colégio Amadeus e assegurou que, para analisá-la, é necessário que a direção do colégio apresente a sugestão por meio de ofício. Segundo a assessoria, a SMTT não recebeu nenhuma proposta neste sentido.
No bairro Jardins, está bem melhor o fluxo de veículos na avenida Pedro Valadares, em frente a uma outra escola de médio porte. Para reduzir os transtornos, neste ano, a direção da escola desativou um acesso localizado na movimentada avenida, que atrapalhava o trânsito. Atualmente, a escola oferece três acessos, dos quais apenas um se concentra na Pedro Valadares, o que, na ótica do diretor administrativo, João Antonio Moreira, contribuiu para minimizar os problemas.
Na escola, equipes da coordenação pedagógica e da coordenação de disciplina, além do próprio diretor administrativo, ficam na porta recepcionando a clientela e ajudando o aluno a descer do veículo carregando ‘a bagagem’, que contém o material didático que os alunos rotineiramente carregam.
No local, foi encontrado apenas um agente de trânsito que monitorava o trânsito de longe. “Aqui a situação é muito tranquila”, reconhece o agente que se identificou apenas como Cláudio. Ele garante que há vários pontos em que há grandes transtornos. “O problema é que os pais querem deixar o filho na porta da escola, não se dispõem a parar o veículo a uma distância de 100 metros para o desembarque da criança e isto acaba provocando transtornos em todo o trecho onde a escola está instalada”, comenta o agente.
Por Cássia Santana
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