Motoristas foram abordados na BR-135 durante campanha da CNT contra a pedofilia nas estradas
MONTES CLAROS – Os caminhoneiros que trafegaram ne manhã de segunda-feira (26) pela BR–135, nas proximidades da comunidade de Lagoinha, a 24 quilômetros de Montes Claros, foram abordados pela campanha de combate a pedofilia nas estradas brasileiras. Montes Claros é o segundo entroncamento rodoviário do Brasil, recebendo o fluxo de veículos das rodovias BR–135, BR–251, BR–365 e BR–122 e apresenta grande movimento de caminhões na ligação Nordeste/Sudeste.
A cidade de Montes Claros contabiliza os casos de pedofilia, mas de forma geral. Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Social, André Mori, o Conselho Especializado de Ação Social registrou, no primeiro semestre de 2011, 61 casos de crimes infantis, sendo nove com crianças de até seis anos, 20 de sete a 14 anos e 32 de 15 a 18 anos. Foram 17 casos de abuso sexual intrafamiliar, 16 extrafamiliar e 11 de exploração sexual.
A Polícia Rodoviária Federal explica que nos seus levantamentos ocorrem abusos sexuais nas rodovias que cortam a região, mas com baixos indicadores, e que têm reduzido cada vez mais, com a intensificação da fiscalização em postos de combustíveis as margens de rodovias do Norte de Minas.
O senador Magno Malta, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia no Congresso, salienta que no Norte de Minas foram registrados casos em Taiobeiras, São Francisco e Montes Claros. Ao falar com motoristas abordados na blitz, o senador afirmou que os motoristas de caminhão deveriam abraçar a campanha para reverter a mentalidade de que os caminhoneiros são os responsáveis pela pedofilia nas estradas.
Na avaliação do senador Magno Malta, o Brasil era omisso nos casos de pedofilia e depois do levantamento da CPI da Pedofilia, muita coisa mudou, com o fortalecimento dos Conselhos Tutelar, dos Conselhos Municipais de Direito das Crianças e Adolescentes e das Varas da Infância e Adolescentes. Ele lembra que uma das maiores conquistas da CPI foi que impediu a liberação de pessoas que tinham material de pedofilia em posse, mudando os artigos do Estatuto da Criança e dos Adolescentes. “A pedofilia movimenta mais de R$ 3 bilhões por ano, superando o narcotráfico e nossa mobilização mostrou este problema”, diz.
O caminhoneiro João Rodrigues Santos, abordado na blitz ontem de manhã, afirma que tem consciência da necessidade de impedir este tipo de abuso, pois como pai de duas crianças em Feira de Santana e acha um absurdo que um adulto cometa este tipo de crime. Na sua visão, a lei teria que ser ainda mais rigorosa.
A psicóloga Maria Bethânia Santos, que reside em Aracaju e passava por Montes Claros na hora da blitz, lembra que este tipo de operação tem de ocorrer em todo pais, principalmente nos grandes bolsões de miséria. A caravana “Todos Contra a Pedofilia” é desenvolvida pelos Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, ambos vinculados a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Tags: campanha pedofilia estrada montes claros
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