RIO - Um dos 20 médicos presos no Bahrein por socorrer ativistas durante protestos antigovernistas voltou a acusar a polícia do país de tortura e ameaça de estupro, informou o jornal inglês "The Guardian".
- Meu único crime foi ter feito o meu trabalho. Eu ajudei pessoas - disse Nada Dhaif. - Eu me ofereci para salvar vidas. Esse foi meu único crime aos olhos do governo e por isso vou ser punida.
Nada, uma médica particular, foi condenada a 15 anos de prisão por cometer crimes contra o Estado. A sentença foi anunciada nesta quinta-feira por um tribunal militar encarregado de julgar crimes ocorridos durante o levante popular entre os meses de fevereiro e março deste ano.
Em entrevista à BBC inglesa, Nada contou que foi presa em casa depois de montar uma tenda médica improvisada nos arredores da principal região de protestos de Manama, capital do Bahrein. A princípio, ela achou que esta sendo sequestrada, já que os policiais não usavam fardas no momento da apreensão.
- Eu fui levada para um carro civil então a primeira coisa que me ocorreu foi que estava sendo sequestrada. Logo depois, fui espancada, xingada, chutada... Eles até me eletrocutaram - contou Nada.
A médica promete que nunca se envolveu em política ou participou de atos contra o governo. Ela e os outros condenados teriam sido obrigados a assinar uma confissão e a admitir os crimes na televisão, diz Nada.
- Eu tenho dois filhos, um de 8 e outro de 6 anos. Eles ainda estão muito traumatizados com minha ausência repentina. O pai disse a eles que eu tinha viajado para Europa para estudar. Mas eles sabem que isso não faz sentido, eu nem me despedi deles - relata a médica emocionada.
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