Estudante de dez anos atirou em Rosileide Queiros de Oliveira e se matou em seguida; segundo depoimentos, ele era calmo e não tinha inimizades
Bruno Abbud
Movimentação em frente à escola onde aluno atirou em professora e depois se matou (Adriano Lima/Fotoarena)
Na segunda-feira, dia 26, a delegada pretende conversar com a diretora da escola, Márcia Gallo, e com outros funcionários
Priscila Razante, professora de ciências da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, afirmou em depoimento à Polícia Civil que o estudante D.M.N., de 10 anos, comentou com dois colegas que "mataria a professora". Nesta quinta-feira, D.M.N. atirou em Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, antes de disparar contra a própria cabeça.
"Ao ouvir o disparo, a professora Priscila correu para fechar a porta da sala de aula e, quando virou para socorrer os alunos, todos estavam encolhidos num canto da classe", contou a delegada Lucy Mastellini Fernandes, titular do 3º Distrito Policial de São Caetano do Sul, onde foi registrado o boletim de ocorrência. "Neste momento, uma das alunas comentou que deveria ser o D.M.N., já que ele havia dito que mataria a professora".
A delegada também conversou, na tarde desta sexta-feira, com a professora Ana Paula Lima e com a coordenadora pedagógica Neire Bernardete Cunha. Todas confirmaram que D.M.N. era um aluno calmo, sem inimizades e se disseram surpresas com o ocorrido. "Dá para perceber no rosto das professoras que elas estão completamente surpresas com o que aconteceu", disse Lucy.
Embora tenha circulado na tarde desta sexta-feira a informação de que D.M.N. desenhou um autorretrato no qual aparecia segurando espingardas em frente à escola, a reportagem da revista VEJA teve acesso às imagens e concluiu que não é possível dizer que elas retratam o aluno com qualquer tipo de arma. O desenho, com traços infantis, mostra um menino com duas faixas transversais na altura do peito e os dizeres: "Eu aos 16 anos". O fato torna ainda mais enigmáticos os motivos que levaram o estudante a cometer o crime.
Filmagens - Nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança da escola não é possível ver D.M.N. De acordo com a delegada, as filmagens mostram uma multidão correndo depois dos disparos e, em seguida, uma maca sendo carregada, possivelmente com a professora ferida.
Na segunda-feira, dia 26, Lucy pretende conversar com a diretora da escola, Márcia Gallo, com Rosileide e com outros funcionários da escola. O pai, a mãe e o irmão de D.M.N também deverão prestar depoimento na próxima semana.
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