PEDOFILIA MT:Cidade tem queda de violência sexual contra mulheres e crianças

representação  Vítimas de violência sexual não costumam retirar as queixas contra seus agressores (Foto: Daniel Barreto/Tribuna Impressa)


O ano de 2011 poderá encerrar com tendência de queda de estupros em Araraquara, segundo dados da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Em 2010, a unidade policial registrou 65 boletins de ocorrência desse tipo de violência sexual, enquanto de janeiro a agosto de 2011, foram 34 — foram 5,4 casos ao mês, no ano passado, contra 4,2 casos,/mês, neste ano.

Por lei, desde 2009, são computados juntos estupros e atentados violentos ao pudor contra mulheres, crianças e adolescentes. Mas, pela estratificação, de 2010 para 2011, caíram de 22 para 11 os casos de estupro feminino e de três para duas as tentativas.


"Na maioria dos casos, as mulheres foram atacadas por pessoas de seu círculo social que, infelizmente, abusaram desta proximidade", descreve a delegada da DDM, Meire Rodrigues.


Diferentemente de outros casos de agressões no âmbito familiar, nenhuma das vítimas de violência sexual retira as denúncias. Segundo a delegada, elas são encaminhadas para o atendimento médico para serem examinadas, medicadas contra o vírus HIV/Aids e receberem assistência psicológica.

Mas, para ela, ainda falta a polícia ser comunicada sobre o desfecho judicial dos casos para se ter certeza de quantos criminosos foram punidos e se as vítimas estão resguardadas de novos ataques.

Os estupros de menores caíram de 40 para 21 de 2010 para 2011. Porém, a delegada considera-os mais delicados por envolver padrastos ou namorados das mães das vítimas, e nem sempre elas ficam dos lados dos filhos.
Subnotificações

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e da ONG Cedro Mulher, Edna Martins, acredita que os números de estupros contra elas podem esconder subnotificações. "Não são todas as mulheres que têm coragem de procurar a delegacia para comunicar os crimes" diz Edna. Seu argumento baseia-se em pesquisa realizada com 400 pessoas no ano passado, em Araraquara, na qual 9% das mulheres admitiram ter sofrido violência sexual.
A violência em números
ESTUPROS FEMININOS
2010: 22 casos
2011: 11 casos
TENTATIVAS DE HOMICÍDIO
2010: 3 registros
2011: 2 registros
VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL
2010: 40 ocorrências
2011: 34 ocorrências
Campanhas e mais vigilância contribuíram
Para a delegada da DDM, Meire Rodrigues, a queda das ocorrências é um sinal de que as pessoas estão mais conscientes e, principalmente, mais vigilantes.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Samuel Brasil Bueno, acha que as campanhas, a atuação dos conselheiros tutelares, a vigilância de professores e profissionais de saúde ajudaram a reduzir os abusos sexuais contra os menores. "Mas não dá para ficar feliz ainda, porque 11 crianças podem ter sofrido abusos em 2011 e temos de lutar para acabar com isto de vez nos próximos anos", conclui.
Falta sincronia entre entidades e delegacias
Tanto a presidente do Conselho de Direito da Mulher, Edna Martins, quanto o presidente do Conselho de Direito da Criança e Adolescente, Samuel Bueno, admitem não ter banco de dados sobre a quantidade de casos registrados de violência sexual. Para a delegada Meire Rodrigues, as entidades feministas não acompanham no cotidiano as ocorrências policiais e falta o trabalho entre a polícia e o movimento social.

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