PEDOFILIA MT:PROJETO "LÁ EM CASA QUEM MANDA É O RESPEITO" É APRESENTADO AOS DETENTOS DE CUIABÁ




 
No dia 23 de setembro de 2011, no Centro de Ressocialização de Cuiabá, as promotoras de justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela e Lindinalva Rodrigues Dalla Costa apresentaram para 90 detentos, segregados pela prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o Projeto “Lá em casa quem manda é o respeito”, que visa dialogar com os agressores, a fim de que os mesmos compreendam a ilicitude dos atos que cometeram, para que não reincidam em violência doméstica.
Presentes nesta capital para a capacitação do Projeto “Questão de Gênero”, a promotora de justiça do Ministério Público do Espírito Santo, Sueli Lima e Silva, juntamente com sua equipe multidisciplinar, Maria da Penha Ferreira do Nascimento (Assistente Social) e Marinalva Antonia da Silva (Psicóloga), acompanharam o desenvolvimento dos trabalhos e a palestra proferida pelas promotoras de justiça Lindinalva e Elisamara, junto ao Centro de Ressocialização.
A Promotora Elisamara iniciou falando dos esterótipos criados em relação aos homens, da necessidade de serem “machões”, mas alertou-os de que "os homens também são vítimas, pois reproduzem no seio familiar o comportamento agressivo aprendido desde criança ".
Finalizou frisando ser de suma importância a sensibilização dos agressores, para que não voltem a reincidir e ainda condenou a educação das famílias em relação aos ensinamentos machistas, que acabam por gerar o ciclo de violência e absusos perpetrados pelos homens em desfavor das mulheres.
A promotora Lindinalva deixou claro que "os agressores de violência doméstica não são bandidos e por isso acreditamos que tratando os homens estaremos protegendo as mulheres" e completou “as mulheres querem viver com os homens, mas longe da violência”. E ainda alertou “não vão descontar as frustrações de vocês em cima das mulheres, se vocês fizerem isso nós aplicaremos a Lei Maria da Penha”.
Lindinalva consignou que "a violência não é natural, mas um comportamento aprendido e que é preciso cortar esse círculo vicioso de violência dentro de casa, pois “Quem bate, ensina a bater”.Por fim, estimulou os detentos a continuarem participando das atividades do projeto, para que possam falar e serem ouvidos pela equipe multidisciplinar, conscientizando-os de que “onde tem violência todo mundo perde”.
Após as palestras e elucidação das dúvidas dos detentos, um lanche foi servido para os presentes, seguido de "rodas de conversa" com os acusados de violência doméstica, mediadas pela psicóloga e assistentes sociais do projeto, Silvia Helena Aragonez de Vasconcelos Torres, Ana Carolina de Paiva Costa Barros Rezende e Malvineide de Miranda Freitas.
http://www.lindinalvarodrigues.com.br/materias.php?id=2299&subcategoriaId=9
 

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