O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), exonerou ontem o titular da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), major PM Francisco Mota Bernardes. A decisão foi depois de Jatene tomar conhecimento de que Bernardes deixou de tomar providências para apurar a denúncia de que adolescentes frequentavam a Colônia Penal Heleno Fragoso para manter relações sexuais com detentos.
O substituto de Bernardes é o major PM Mauro Barbas. No sábado passado, a adolescente de inicial T., de 14 anos, denunciou ter ficado quatro dias dentro da colônia, onde teria sido, juntamente com outras duas menores, embriagada, drogada e estuprada por vários presos. A garota, que está em um abrigo do Estado, declarou no inquérito que apura o caso ter sido levada para a colônia por uma mulher que conheceu em praia perto de Belém.
Jatene havia afastado do cargo, no domingo, o diretor da colônia, Andrés de Albuquerque Núnez. Mas, o próprio diretor exibiu à imprensa um ofício datado do começo de setembro em que comunicava à Susipe as facilidades que havia na colônia para a entrada de adolescentes, pedindo ajuda para que o local não se transformasse em uma “casa de prostituição”.
Regime semiaberto
De acordo com agentes prisionais, os internos da colônia penal beneficiados pelo regime semiaberto costumam sair do local em grupos de 30 ou mais, contornando os fundos da penitenciária por uma trilha de mata fechada até o igarapé, onde tomam banho, consomem bebidas, drogas e fazem programas com prostitutas. Depois, retornam para a colônia, levando nas mochilas drogas, celulares e até armas de fogo. Para os agentes, a menor T. não foi abusada sexualmente pelos detentos dentro da colônia, mas no igarapé que fica distante cerca de dois quilômetros dos alojamentos.
O secretário de Segurança do Estado, Luiz Fernandes Rocha, disse que Bernardes prestou um grande serviço para o Estado, inclusive retirando todos os presos das delegacias da capital.
Rocha divulgou que, por ordem de Jatene, será aberto concurso público para contratação de 500 novos agentes prisionais. (das agências de notícias)
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
O procurador Alan Rogério Mansur da Silva abriu procedimento administrativo, requisitando das autoridades paraenses que informem as providências para apurar o caso e punir os responsáveis.
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