Depois de duas horas e meia de depoimento, o primeiro advogado do monsenhor Luiz Marques Barbosa, Daniel Fernandes, saiu do gabinete do juiz sem o colar ortopédico que usou ao entrar no Juizado da Infância e da Juventude, nesta manhã. Após uma pausa para colocar o apoio, antes de falar com a imprensa, Daniel encontrou Amaury Farias da Silva, irmão mais velho do ex-coroinha Anderson Farias da Silva, que perguntou se ele havia entregado ao juiz a gravação onde aparecia ameaçando os ex-coroinhas para que eles não divulgassem o vídeo com imagens de uma relação sexual entre o monsenhor e o jovem. Daniel não percebeu que se tratava de um parente das vítimas, até que uma mulher ligada aos padres lhe deu um discreto sinal. Sem se mostrar surpreso ou abalado, Daniel disse apenas que não tinha nenhuma gravação deste tipo e que, caso haja, “é bom que ela seja mostrada totalmente, sem edição”. Alegando dores e cansaço, começou a sair do hall do Juizado, até que Ana Lúcia Paulino da Silva, mãe de Anderson, o interrompeu. Leia também: Audiência de padres acusados de pedofilia é retomada em Arapiraca “A dor física passa, doutor, mas e a dor que o meu filho está sentindo? A dor psicológica e a dor da alma? Só eu sei o que meu filho sofreu naquele tempo e o que ele ainda sofre agora. Sua dor vai passar, mas meu filho ainda sofre”. Ana Lúcia foi amparada pelo filho, enquanto pessoas ligadas aos padres conduziam Daniel Fernandes para uma sala. Padres acusados de pedofilia Testemunha confirma depoimento dos coroinhas Julgamento dos padres é retomado Padres enfrentam processo eclesiástico 'Ele abusou de mim desde os 12 anos' Padres e vítimas fazem jogo com gravações Julgamento é suspenso em Arapiraca Padres acusados de pedofilia são julgados Paroquianos não abandonam padres acusados Convocado como principal testemunha da defesa, Daniel foi ouvido como declarante apenas – uma condição mais leve, que não tem o compromisso de prestar juramento para falar em juízo, uma vez que ele já trabalhou no caso. Ele não entrou em detalhes sobre o conteúdo de suas declarações. Após confronto, Ana Lúcia, que está no Juizado desde o início da audiência e que estava bastante tensa e apreensiva, ficou visivelmente mais relaxada. “Não me arrependo do que disse, de nada daquilo. A gente esquece educação, postura, o sangue e a emoção sobem e falam mais alto. Meu filho está em casa, com a vida parada, sofrendo. Toda a minha família ainda está sofrendo com tudo o que aconteceu”. Anderson foi abusado sexualmente pelo monsenhor Raimundo Gomes quando tinha 12 anos de idade e era coordenador dos coroinhas. O rapaz está com 21 anos hoje. O acordo financeiro entre o monsenhor Luiz Marques e os ex-coroinhas foi mediado por Daniel Fernandes, que, após a denúncia dos abusos sexuais, usou o documento para denunciar os rapazes por extorsão. Após inquérito policial foi constatado que não houve crime, apenas uma quebra de acordo e o caso foi arquivado. Também foi ouvido nesta terça-feira o comerciante Alterman Leite de Lima, que foi quem entregou o vídeo onde monsenhor Luiz Marques aparece fazendo sexo com Fabiano Ferreira para o jornalista Roberto Cabrini, cuja matéria denunciou o esquema de abuso e exploração sexual dos três padres. Com os depoimentos já finalizados, o juiz iniciou a fase de interrogatório dos acusados. O processo será realizado individualmente com duração prevista de 3 horas para casa suspeito.

Depois de duas horas e meia de depoimento, o primeiro advogado do monsenhor Luiz Marques Barbosa, Daniel Fernandes, saiu do gabinete do juiz sem o colar ortopédico que usou ao entrar no Juizado da Infância e da Juventude, nesta manhã. Após uma pausa para colocar o apoio, antes de falar com a imprensa, Daniel encontrou Amaury Farias da Silva, irmão mais velho do ex-coroinha Anderson Farias da Silva, que perguntou se ele havia entregado ao juiz a gravação onde aparecia ameaçando os ex-coroinhas para que eles não divulgassem o vídeo com imagens de uma relação sexual entre o monsenhor e o jovem.
Daniel não percebeu que se tratava de um parente das vítimas, até que uma mulher ligada aos padres lhe deu um discreto sinal. Sem se mostrar surpreso ou abalado, Daniel disse apenas que não tinha nenhuma gravação deste tipo e que, caso haja, “é bom que ela seja mostrada totalmente, sem edição”. Alegando dores e cansaço, começou a sair do hall do Juizado, até que Ana Lúcia Paulino da Silva, mãe de Anderson, o interrompeu.
“A dor física passa, doutor, mas e a dor que o meu filho está sentindo? A dor psicológica e a dor da alma? Só eu sei o que meu filho sofreu naquele tempo e o que ele ainda sofre agora. Sua dor vai passar, mas meu filho ainda sofre”. Ana Lúcia foi amparada pelo filho, enquanto pessoas ligadas aos padres conduziam Daniel Fernandes para uma sala.
Convocado como principal testemunha da defesa, Daniel foi ouvido como declarante apenas – uma condição mais leve, que não tem o compromisso de prestar juramento para falar em juízo, uma vez que ele já trabalhou no caso. Ele não entrou em detalhes sobre o conteúdo de suas declarações.
Após confronto, Ana Lúcia, que está no Juizado desde o início da audiência e que estava bastante tensa e apreensiva, ficou visivelmente mais relaxada. “Não me arrependo do que disse, de nada daquilo. A gente esquece educação, postura, o sangue e a emoção sobem e falam mais alto. Meu filho está em casa, com a vida parada, sofrendo. Toda a minha família ainda está sofrendo com tudo o que aconteceu”. Anderson foi abusado sexualmente pelo monsenhor Raimundo Gomes quando tinha 12 anos de idade e era coordenador dos coroinhas. O rapaz está com 21 anos hoje.
O acordo financeiro entre o monsenhor Luiz Marques e os ex-coroinhas foi mediado por Daniel Fernandes, que, após a denúncia dos abusos sexuais, usou o documento para denunciar os rapazes por extorsão. Após inquérito policial foi constatado que não houve crime, apenas uma quebra de acordo e o caso foi arquivado.
Também foi ouvido nesta terça-feira o comerciante Alterman Leite de Lima, que foi quem entregou o vídeo onde monsenhor Luiz Marques aparece fazendo sexo com Fabiano Ferreira para o jornalista Roberto Cabrini, cuja matéria denunciou o esquema de abuso e exploração sexual dos três padres. Com os depoimentos já finalizados, o juiz iniciou a fase de interrogatório dos acusados. O processo será realizado individualmente com duração prevista de 3 horas para casa suspeito.

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Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
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