Romilson Dourado
Fernando Ordakowski
O governador Silval Barbosa, o presidente da Agecopa Eder de Moraes e o presidente da Assembleia José Riva optaram pelo VLT
O governador Silval Barbosa, o presidente da Agecopa Eder de Moraes e o presidente da Assembleia José Riva optaram pelo VLT
O VLT ou Metrô do Porto, em operação na cidade do Porto (Portugal), que em abril deste ano recebeu visita de uma comitiva de autoridades mato-grossenses e que serviu de inspiração para ser escolhido como modal de transporte para Cuiabá e Várzea Grande, fechou o exercício de 2010 com uma dívida de 351,7 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão). Os balancetes de anos anteriores também apontam déficit. Os dados constam do relatório de gestão da própria empresa.
Mesmo destacando que o meio de transporte é rápido, pontual, cômodo e acessível e que atesta aprovação e satisfação dos passageiros, o Conselho Administrativo confessa que as dívidas tem sido cada vez maiores. A empresa deve dois mil milhões de euros e os bancos recusam novos empréstimos. Recorreu a 18 instituições financeiras e todas negaram financiamento. Trata-se de um sistema de transporte público do Grande Porto, uma rede ferroviária electrificada subterrânea no centro do Porto e à superfície na periferia. Possui 80 estações distribuídas por 70 km de linhas comerciais duplicadas, sendo 9,5 km em rede enterrada.
Em solo mato-grossense, o governador Silval Barbosa e os presidentes da Agecopa, Eder de Moraes, e da Assembleia, José Riva, praticamente bateram o martelo quanto à escolha do Veículo Leve sobre Trilhos, seguindo o modelo de Porto. Depois da visita para conhecer in loco o VLT da cidade portuguesa, eles ficaram entusiasmados com o projeto. O problema é que preocuparam saber mais sobre funcionamento, estruturas físicas e estações e não se debruçaram nos números para avaliar se o modal terá viabilidade econômica em Mato Grosso.
Em princípio, a decisão seria pelo BRT, orçado em R$ 500 milhões. Como o governo federal sinalizou positivamente ao pleito de liberar recursos para financiar o VLT, que vai custar R$ 1 bilhão, os Poderes Executivo e Legislativo se movimentam para ter na região metropolitana o primeiro VLT do país, já que hoje nenhum está funcionando no Brasil.
Dúvidas
O deputado Riva já convocou uma audiência pública para sexta (2), em Cuiabá, com vistas a discutir o VLT, mesmo sob vários questionamentos. A Caixa Econômica, por exemplo, antes de liberar financiamento, precisa avaliar a viabilidade técnica e econômica do projeto. Há muitas perguntas ainda sem respostas. O projeto do VLT foi licitado? Está pronto? Quanto custou e quem o fez? Quando as obras devem começar e quando serão concluídas? É possível inaugurar o VLT antes da Copa-2014? A audiência pública é só para cumprir exigências legais? O governo vai subsidiar o projeto e até qual valor? Quanto será o custo da tarifa?
A diretoria da Agecopa, responsável pela execução dos projetos de mobilidade urbana dentro dos preparativos da Grande Cuiabá para o Mundial, prefere não entrar em detalhes sobre o VLT. Aguarda decisão final do Palácio do Planalto quanto à autorização para empréstimos para saber se avança ou recua pela quarta vez. Enquanto isso, o tempo passa.
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