Articulista encontra Pedro Taques e escreve sobre atuação do senador

De Brasília: Mario Marques
Foto: AssessoriaArticulista encontra Pedro Taques e escreve sobre atuação do senador
Mário Marques, de Brasília 
Engana-se quem estiver apostando que o senador Pedro Taques (PDT) vá ficar embevecido com o mandato e, da tribuna do Senado ou nas Comissões da Casa, ficará discutindo apenas grandes temas nacionais. Taques está “vacinado” quanto a isso, pois tem plena consciência de que Mato Grosso é um Estado carente de recursos federais para tocar obras fundamentais na área de infra-estrutura e que ainda constituem um “gargalo” atravancando um maior desenvolvimento de Mato Grosso, além do que já está experimentando.

O senador pedetista, um homem estudioso, sobretudo das questões ligadas ao mundo jurídico e das leis, vai sim tratar de assuntos macros e com a nobre intenção de melhorar o nível das instituições públicas, especialmente no tocante à segurança pública, dentre outros, que interessam a Mato Grosso e ao país, como um todo, mas não vai se descurar de trabalhar projetos que viabilizem serviços, obras e investimentos para Mato Grosso e seus municípios.

Com esse intuito de ajudar o Estado natal, o senador não vai se fazer de rogado. Como um dos principais representantes do PDT no Senado, ele, pelo que deixou transparecer em conversa com este jornalista, vai fazer valer as prerrogativas políticas de pertencer a um partido que está na base aliada do governo federal. Inteligente como é, Pedro aprendeu rápido o caminho das pedras...

Escrevo estas linhas de Brasília, onde me encontro nesta segunda-feira (31) e, por acaso, deparei-me com Pedro Taques no aeroporto da Capital Federal e tive oportunidade de trocar dois dedos de prosa com o senador, que, sem papas na língua, delineou rapidamente qual será a linha mestra da sua atuação no Senado da República.

Também por coincidência, viajei de Cuiabá para a Capital Federal, em companhia de Totó Parente, essa figura emblemática da militância do PMDB, não só de Mato Grosso, como do Brasil. Além de um papo agradável, Totó é um quadro do partido que transita (e não é de hoje), e bem, na alta cúpula dirigente do país - e não só entre aqueles que estão em cargos relevantes no governo federal, na cota do PMDB. É um articulador político nato, é um dom que ele exerce com maestria.

Os paradoxos da História
Se não houvesse existido Friedrich Engels, nascido em berço de ouro, filho de rico empresário da indústria têxtil, que se aproximou de Karl Marx, tornou-se seu grande amigo e benfeitor, muito provavelmente o mundo não viesse a conhecer o marxismo. Uma ciência política revolucionária que mudou o conceito das relações entre Capital e Trabalho nos meios de produção e cuja influência perdura até hoje, inclusive naquelas sociedades que não têm o comunismo como sistema e forma de governo, mas tiveram que se curvar às leis trabalhistas e contratos mais justos. O que propiciou a elevação sócio-econômica da classe operária. E que em muitos países mantém padrão elevado de vida e consumo que se aproxima, quando não se iguala, com o das classes tradicionalmente mais abastadas.

Não existiria o marxismo – ao menos na extensão como ficou conhecido – pelo simples fato de que o pobretão e sempre em apuros financeiros, inclusive para manter a sua subsistência e da família, Karl Marx teria que pegar duro no batente, o que, obviamente, iria impedi-lo de afundar a cara nos livros e nos estudos que culminaram com a teoria comunista.

Sem Engels ao seu lado, socorrendo em suas necessidades, muito possivelmente, pode-se deduzir, Karl Marx não teria escrito a sua principal obra, o Capital. Mais do que um livro, trata-se de um vasto e complexo compêndio que junta várias ciências, entre as quais pode se destacar economia, política, cultura em geral e filosofia. Inclusive, depois da morte de Marx, foi Engels quem bancou a publicação dos dois últimos livros que integram a teoria que inverte as relações sociais e econômicas, priorizando o trabalho sobre o capital. Depois de ter vindo à lume o Capital, o mundo deixou de ser o mesmo.

Friederich Engels, ele também um estudioso das ciências políticas, além de muito rico, era mulherengo e “bon vivant”. O que para muita gente, inclusive para mim, não é nenhum defeito. Desde, é claro, que isso não descambe para a irresponsabilidade frívola. A gastança desenfreada e a promiscuidade sexual. O que não era o seu caso. Pois Engels conciliava a boa vida, refinamentos questionáveis como o gosto pela caça às raposas, praticada em sua época pelos nobres e bem-nascidos, com uma profunda preocupação social e sentimento de pena pelos mais pobres, miseráveis e desvalidos da sua época. Cuja compaixão ecoou por outras épocas, se transformando em doutrina econômica e social.

Parodoxalmente, sempre ajudado financeiramente pelo amigo ricaço, Marx escreveu, sozinho ou em parceria com o próprio Engels diversas obras e teses que, via de regra, combatiam o capitalismo e pregavam a destruição desse modelo A dupla rico-pobre, unidos pelo mesmo ideal, não conseguiu esse intento, mas, sem dúvida, os dois pensadores contribuíram para a humanização do capitalismo, que reviu seu “modus operandi” antigo, que se assemelhava à escravidão e era então apropriadamente chamado da exploração do homem pelo homem, enfim, se modernizou e hoje coexiste numa relação mais digna com a força de trabalho.

Mário Marques de Almeida é jornalista. www.paginaunica.com.br. E-mail: mario@paginaunica.com.br

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