Assessoria/PJC-MT
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Delegacia apresenta balanço de homicidios do ano de 2010.
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso fechou o ano de 2010 com 93,87% de esclarecimento dos crimes de homicídios dolosos na Grande Cuiabá. As duas maiores cidade do Estado, Cuiabá e Várzea Grande contabilizaram 310 homicídios dolosos no ano de 2010. Dos crimes praticados nos municípios, 291 casos tiveram a autoria definida nos inquéritos policiais da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). O detalhamento dos crimes foi apresentado nesta segunda-feira (31.01), pelo delegado titular da DHPP, Marcio Pieroni.
Na capital, os homicídios dolosos tiveram queda de 3%, com 199 assassinatos contra 205 no ano de 2009, sendo 190 homens e nove mulheres. Dos crimes ocorridos em Cuiabá no ano passado, 188 foram esclarecidos, representando 94,47%. Em Várzea Grande, os homicídios aumentaram 11% em relação a 2009, de 100 casos houve aumento de 111 em 2010. Foram 105 homens e seis mulheres. Em 92,97% dos crimes, os autores foram identificados, contabilizando 103 casos. Dois delegados com equipes foram direcionados para cuidar somente dos homicídios de Várzea Grande.
O delegado Márcio Pieroni, frisou a integração dos policiais e o empenho da equipe da DHPP em buscar a resolutividade dos crimes, para levar a punição de seus autores. “A polícia trabalha e faz seu serviço com profissionalismo. Essa cultura pautada na dedicação e no respeito é o fator gerador dos altos índices de esclarecimentos”, afirma Pieroni.
Do total de crimes nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, 173 casos, um percentual de 55,99%, estão relacionados diretamente com o tráfico de drogas, seguido de 10,94% para rixa (33 casos), passional (18), vingança (20), álcool (18), resistência à prisão (7), legítima defesa (4) e 37 cuja motivação ainda é investigada.
Do total de crimes cometidos, 222 mortes, ou seja, 71,61% dos assassinatos tiveram a arma de fogo como o principal meio empregado, 20,32% arma branca (63), 4,20% instrumento contundente - paus e pedras - (13) e 3,87%, sendo 12 casos, cometidos de outras formas, asfixia é um exemplo. Os jovens, com idade entre 19 e 25 anos, com 122 casos, foram as maiores vítimas. Abaixo vem pessoas na faixa de 31 a 40 anos, 54 mortes e de 26 a 30 anos, representando 50 mortes. Domingos, segundas e quartas-feiras, principalmente, durante a noite e madrugada (18h às 6h), foram os dias e horários com maiores registros de mortes, 201 ao todo.
Na questão do horário das mortes, principalmente nos fins de semana, o delegado Márcio Pieroni, fez um alerta aos pais. “Esse horário crítico é a saída da juventude para balada”, analisa.
O diretor metropolitano, Marcos Veloso, disse que as ações de segurança têm aumentado dentro de um planejamento estratégico para combater, principalmente o tráfico de drogas, crime relacionado a muitos dos homicídios.
Latrocínios
Em Cuiabá os latrocínios (roubo seguido de morte) caíram 45%, de 11 para 6, entre os anos de 2009 e 2010. Na cidade de Várzea Grande, os crimes tiveram queda de 30%, de 10 assaltos com morte em 2009 para 7. Os 13 latrocínios ocorridos foram atendidos pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
PRODUTIVIDADE
Para investigar os crimes contra a vida, a DHPP instaurou 310 inquéritos policiais e encaminhou à Justiça 360 casos concluídos com autoria definida. Alguns são referentes a inquéritos de outros anos cujas investigações foram finalizadas agora. Os seis delegados também representaram por 265 prisões, sendo 43 temporárias e 222 preventivas. Foram efetuadas as prisões de 82 criminosos, sendo 30 em flagrante, 18 por mandados de prisão temporária e 34 por preventivas. Um total de 74 suspeitos se apresentou na Delegacia espontaneamente para se defender dos crimes que são acusados.
No ano passado a DHPP esteve presente em 390 ocorrências. Os policiais atenderam além dos 310 homicídios dolosos, sete mortes por afogamento, 19 encontros de cadáveres, 11 homicídios ocorridos no interior, 18 suicídio, 13 latrocínios, oito mortes naturais, quatro tentativas de homicídio, morte acidental e tráfico de entorpecentes.
DESAPARECIDOS
A Divisão de Desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), criado para ajudar as famílias com parentes desaparecidos recebeu 704 comunicações de pessoas sumidas de seus lares. Um total de 496 retornou ao seio familiar e 208 ainda são procuradas. Denúncias e a imediata comunicação do desaparecimento são fatores que contribuem para localização das pessoas.
Crianças e adolescentes do sexo feminino na faixa de 0 a 17 anos são as que geram maior preocupação no Setor de Desaparecidos. Em 2010, o setor recebeu 130 registros contra 86 do sexo masculino. Outra faixa crítica é a de jovens e adultos de 18 e 64, com 342 homens e 112 mulheres.
Muitas das causas de desaparecimentos estão relacionadas a desavenças familiares ou abandono do convívio familiar e aliciamento para o crime. “São idades que merecem atenção porque a causa do sumiço está na própria família. A polícia acaba fazendo papel de psicólogo e uma ação social de apoio familiar”, disse o chefe do setor Gardel Lima.
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