Depois de 50 anos de política, Araguaia fica sem deputado

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Foto: ReproduçãoDaltinho se despede da AL-MT e o Araguaia fica órfãoDaltinho se despede da AL-MT e o Araguaia fica órfão
Terminam nesta segunda-feira (31) os mandatos dos deputados estaduais, federais e senadores que não se reelegeram ou não concorreram à eleição em 2010. Dentre eles está o deputado estadual e empresário de Barra do Garças Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB). O fim de mandato de Daltinho encerra um ciclo de quase 50 anos em que o Araguaia elegeu sempre um deputado estadual ou teve alguma liderança no governo do estado ou federal. 

Era o que faltava para confirmar a decadência política do Araguaia com relação às regiões norte e sul de Mato Grosso. Enquanto as duas regiões unidas conseguiram eleger quase metade dos deputados estaduais, o Araguaia se despede da Assembléia Legislativa. Na década de 80, o Araguaia chegou a ter quatro deputados estaduais, um deputado federal e um governador, Wilmar Peres de Farias, que era vice de Júlio e assumiu por noves meses. 

Daquela época ficou apenas o saudosismo de um Araguaia forte e respeitado com os deputados estaduais Heronides Araújo, Ricardo Correa, Wilmar Peres, José Arimatéia, Sebastião Júnior, Antônio Joaquim, Humberto Bosaipo, Lincoln Saggin e Roberto Cruz. Mais recentemente ocuparam esses cargos Quinca dos Santos em 95/98; Alencar Soares Filho com dois mandatos e Daltinho, que completa esse ciclo. 

O deputado Daltinho atribui que a região ficou órfã de deputado por causa da densidade eleitoral, que é maior nas outras regiões e a desunião da classe política da região. “O Araguaia tem menos eleitores e a classe política não se une para eleger candidato daqui. Um exemplo disso é o número de candidatos que tivemos na eleição de 2010”, reclama o parlamentar.

O peemedebista lembra que foram 19 candidatos a deputado estadual numa região de 30 municípios com 180 mil eleitores, sendo seis candidatos eram de Barra do Garças. Em 2006, Daltinho registrou a maior votação para estadual na cidade, cerca de 13 mil votos, e em 2010, conseguiu apenas 4.800 votos. 

Ele credita a redução de sua votação a um conluio do prefeito Wanderlei Farias (PR) que barrou obras de suas emendas parlamentares, dificultou seu acesso à mídia comandada pelo prefeito e ainda lançou um candidato a deputado estadual para prejudicá-lo.

O parlamentar lembra que enfrentou Cândido Teles, que teve apoio do prefeito. Outro que teria lhe prejudicado foi o filho do conselheiro Alencar Soares Filho, o empresário Leandro Soares que investiram em Barra do Garças. “Eram candidaturas poderosas e ainda tinham as candidaturas dos vereadores para dividir mais ainda à votação”, completa se referindo a Odorico Kiko (PT), Miguelão Moreira (PTB) e Biroska (PPS). Por causa desse racha, ninguém se elegeu a deputado estadual. 

Daltinho disse que está consciente que fez o possível durante o seu mandato e que a região ainda não percebeu o quanto é grave ficar sem alguém em Cuiabá para ajudar. “Alguns prefeitos conseguem falar direto com o governador, outros não. A região somente vai perceber a falta de um deputado daqui alguns meses”, finalizou. 

O peemedebista informou que vai se dedicar a sua empresa em Barra visando disputar a prefeitura em 2012. De olho nesse projeto, mesmo sem mandato, Daltinho disse que vai auxiliar o governo com objetivo de ter o apoio de Silval para prefeito em Barra.

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