Vereador defende Mauro, aponta "politicagem" e avaliza os vetos



Vereador defende vetos de Mauro e aponta "politicagem" da oposição

Glaucia Colognesi


Foto: Rodinei Crescêncio
Foto: Rodinei Crescêncio -- Vereador Renivaldo Nascimento defende vetos
Vereador Renivaldo Nascimento defende vetos
  O vereador por Cuiabá Renivaldo Nascimento (PDT) saiu em defesa do prefeito Mauro Mendes (PSB), que deverá ser massacrado pela opinião pública e pela oposição na Câmara Municipal, por ter vetado quatro dos cinco projetos do “Pacote do Transporte Público”. O pedetista garante que Mauro não vetou os projetos por falta de vontade política, mas por questões de responsabilidade no trato com o dinheiro público. “Os oposicionistas terão que entender isso. Se não tem viabilidade econômica não adianta”, salientou em entrevista ao RDTVdesta sexta (2).
  Buscando convencer que o veto foi a melhor saída, Renivaldo argumenta ainda que, a partir do momento em que se onera algum serviço público, quem paga a conta são os próprios contribuintes. Para defender o prefeito, o vereador também acusa os colegas de só ter votado os projetos por interesses politiqueiros e insinua que também foi por pressão popular, porque centenas de estudantes fizeram protestos em frente ao Palácio Pascoal Moreira Cabral e lotaram a galeria do plenário. “Está tendo na Câmara muito discurso populista. Eles fazem discurso vazio para tumultuar. Transporte público de graça seria excelente, mas isso é uma utopia neste momento que o país vive. Quem sabe para a próxima geração”, afirmou.
  Renivaldo sugere inclusive aos colegas vereadores, aos movimentos das ruas e à toda a sociedade, que levantem bandeiras que envolvem questões macros e mais importantes como o combate à corrupção. Para ele, hoje nenhum político se mostra realmente preocupado com Cuiabá, “porque não se fala nos desvios que existem no governo que levaram o MT Saúde à falência, nem nas obras do governo do Estado que viraram elefante branco como a usina de gás natural, nem no engodo que é falar que a Ferronorte vai chegar a Cuiabá”, destaca.
  Segundo Renivaldo, nenhuma empresa se mostra interessada no trecho Rondonópolis/Capital porque não há viabilidade econômica. “Se não houver vontade e pressão política isso nunca irá acontecer”, afirma.
  O único projeto de lei que Mauro sancionou foi o que aumenta o tempo de integração de 1h30 para 2h30. Os demais foram barrados pelo Executivo como o que permite o pagamento do bilhete com moeda corrente líquida e não apenas com o cartão transporte, o que determina a volta dos cobradores, o que estende a gratuidade para estudantes de pós-graduação e o que acabaria com a restrição de horário para o uso do passe-livre durante a semana e também possibilitaria a utilização até nos finais de semana e feriados caso as escolas informarem alguma atividade extracurricular, cultural ou esportiva. Vale ressaltar que os vetos ainda poderão ser derrubados pela Câmara para que as leis sejam promulgadas. 
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