Vereador defende vetos de Mauro e aponta "politicagem" da oposição
Glaucia Colognesi
Buscando convencer que o veto foi a melhor saída, Renivaldo argumenta ainda que, a partir do momento em que se onera algum serviço público, quem paga a conta são os próprios contribuintes. Para defender o prefeito, o vereador também acusa os colegas de só ter votado os projetos por interesses politiqueiros e insinua que também foi por pressão popular, porque centenas de estudantes fizeram protestos em frente ao Palácio Pascoal Moreira Cabral e lotaram a galeria do plenário. “Está tendo na Câmara muito discurso populista. Eles fazem discurso vazio para tumultuar. Transporte público de graça seria excelente, mas isso é uma utopia neste momento que o país vive. Quem sabe para a próxima geração”, afirmou.
Renivaldo sugere inclusive aos colegas vereadores, aos movimentos das ruas e à toda a sociedade, que levantem bandeiras que envolvem questões macros e mais importantes como o combate à corrupção. Para ele, hoje nenhum político se mostra realmente preocupado com Cuiabá, “porque não se fala nos desvios que existem no governo que levaram o MT Saúde à falência, nem nas obras do governo do Estado que viraram elefante branco como a usina de gás natural, nem no engodo que é falar que a Ferronorte vai chegar a Cuiabá”, destaca.
Segundo Renivaldo, nenhuma empresa se mostra interessada no trecho Rondonópolis/Capital porque não há viabilidade econômica. “Se não houver vontade e pressão política isso nunca irá acontecer”, afirma.
O único projeto de lei que Mauro sancionou foi o que aumenta o tempo de integração de 1h30 para 2h30. Os demais foram barrados pelo Executivo como o que permite o pagamento do bilhete com moeda corrente líquida e não apenas com o cartão transporte, o que determina a volta dos cobradores, o que estende a gratuidade para estudantes de pós-graduação e o que acabaria com a restrição de horário para o uso do passe-livre durante a semana e também possibilitaria a utilização até nos finais de semana e feriados caso as escolas informarem alguma atividade extracurricular, cultural ou esportiva. Vale ressaltar que os vetos ainda poderão ser derrubados pela Câmara para que as leis sejam promulgadas.