Ameaças, violência doméstica, abuso sexual infantil, pedofilia, maus-tratos. São muitas as formas de agressão contra as crianças e adolescentes, que são protegidas por uma lei específica no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para atender esse público em Rio Branco, foi criado o Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Nucria), que funciona no prédio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), localizada na Via Chico Mendes, no Segundo Distrito.
“Mães, tias e avós são as principais denunciantes. Mas pode acontecer da mãe, que muitas vezes é financeiramente dependente do companheiro, se calar e torna-se conivente com o padrasto. Aqui em Rio Branco eu acredito que cerca de 70% dos casos de abuso infantil são cometidos pelos padrastos”, informa a delegada do Nucria, Elenice Frez.
Denúncias podem ser feitas pelo número do Disque 100, um serviço nacional que garante o anonimato de quem denuncia. O Ciosp, serviço da Polícia Militar no Acre, também pode ser acionado através do número 190 e é mais eficaz em casos de flagrante.
O Nucria realiza de oito a dez atendimentos por dia. O núcleo conta com três delegados e três escrivães, além de uma psicóloga e uma assistente social. “Toda forma de violência contra o menor pode ser denunciada aqui e todas as providencias legais serão tomadas. Hoje tem havido uma procura maior por ajuda porque a sociedade está percebendo que há um empenho da polícia e dos órgãos relacionados para dar resolutividade aos casos”, comenta a delegada.