Victor Cabral e Patrícia Sanches
Sem papas na língua e deixando claro a insatisfação com o modo como o PP tem conduzido o pedido de exoneração de Mauri, Silval lembrou que a legenda está à frente da segunda maior pasta do Estado há dois anos e meio, já tendo passado por lá três secretários: Pedro Henry, Vander Fernandes e, agora, Mauri. Para o peemedebista, agora é o momento de colocar a Saúde nos trilhos, por isso, essa instabilidade só traz problemas.
Sobre as declarações do deputado estadual Antônio Azambuja de que ele precisa escolher entre o PP e Mauri, Silval também foi enfático: “Eu posso fazer o quê? Tenho que me preocupar com a gestão, com a saúde e com a população”, disparou. Ele ainda foi categórico ao afirmar que não se pode brincar de roda-roda e ficar no troca-troca para atender egos políticos.
Ainda nesta linha, Silval classificou como estranhas as críticas feitas pelo PP ao setor, justamente pela legenda comandar a pasta há 2 anos. Apesar disso, reforçou que vai sentar com o partido para conversar sobre as insatisfações da legenda. Silval aproveitou ainda para descartar a nomeação do tucano Guilherme Maluf como substituto de Mauri e reforçou que essa possibilidade não foi debatida com ele. “Não houve conversa oficial. Os deputados combinam entre eles e não falam comigo”, disse. Mesmo com reclamações constantes referentes à saúde, o governador alega que o Estado tem realizado investimentos no setor.
Ele ressalta como feitos o fato de ter adquirido nove ambulâncias para atender o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além de investimentos da ordem de R$ 60 milhões para o Hospital Júlio Muller. O governador pontua que, até agora, conseguiu criar 396 leitos nos hospitais públicos e que liberou R$ 5 milhões para a compra de medicamentos de alto custo - que estão em falta no Estado.





