Passeata e apresentações artísticas foram realizadas no último dia. Veja fotos
O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Mandaguari encerraram na tarde de sexta-feira (17) as atividades voltadas à Semanada Luta Antimanicomial e de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil.
Às 14 horas, foi realizada uma passeata, que percorreu da Praça Bom Pastor à Praça Independência, com alunos de escolas da rede pública municipal e usuários do Caps.
Na Praça Independência, o público que prestigiou o encerramento do evento assistiu a apresentações artísticas e conferiu também a exposição de peças de artesanato produzidas pelo pessoal atendido pelo Centro de Atenção Psicossocial.
Segundo as coordenadoras do Caps e Creas de Mandaguari, Deise Vernillo e Simone Figueiredo, respectivamente, a programação durante a semana foi intensa e bastante produtiva.
“Na segunda-feira [17], foram realizadas duas palestras no Centro de Convenções Doutor Décio da Silva Bacelar. A doutora Erika Narita falou sobre saúde mental e as patologias que existem, e a doutora Eliana Maio, sobre Abuso e Violência Sexual”, conta Deise.
Nos outros dias, enquanto a equipe do Caps, junto com os usuários, visitou as Unidades Básicas de Saúde [UBS], explicando o que é a luta antimanicomial e como funciona o Caps, a equipe do Creas percorreu todas as escolas, públicas e particulares, com teatro de fantoche, abordando o tema violência sexual. Professores também foram orientados sobre como detectar possíveis vítimas.
Deise comenta que a luta antimanicomial faz parte do processo da reforma psiquiátrica pela qual o país passa, que busca criar serviços substitutivos para as pessoas que têm transtorno mental, tendo como objetivo reduzir o número de leitos nos hospitais psiquiátricos. “Internações só em último caso. As pessoas não podem morar em hospitais e ficar recebendo tratamento inadequado. E o Caps vem para isso, para reinseri-las à comunidade”, comenta a coordenadora.
Simone faz avaliação positiva sobre a semana. “Foi maravilhoso. Nós estávamos com um pouco de receio, mas nós temos de pensar grande para que as coisas ocorram na mesma proporçao. O evento foi uma grandeza, conseguiu atingir inúmeras pessoas”, afirma.
Simone conta que o Creas trabalha com casos de violência, tanto física quanto emocional. “Lá a gente faz o acolhimento, analisa a situação da pessoa, da família, e faz os devidos encaminhamentos”, destaca ela. Também funciona no Creas os grupos socioeducativos, para os menores que cumprem medidas em meio aberto por estarem em conflito com a lei.





