Marcos Baiano é um dos presos pelo Gaeco; ele cuidava do apoio logístico, segundo o Gaeco
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Baiano, preso pelo Gaeco e PM, é suplente de vereador das eleições de 2012
DÉBORA SIQUEIRA
DA REDAÇÃO
O líder comunitário do bairro Pedra 90, em Cuiabá, Antônio Marcos Nascimento Lemos, o "Marcos Baiano", 40, é acusado de atuar na retaguarda da organização criminosa presa pelo Grupo de Atuação Especial Contra ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, durante a Operação Inversão, desenvolvida na terça-feira (28).DA REDAÇÃO
A informação é do próprio Gaeco, que explicou que Baiano fazia parte da equipe de apoio aos assaltos realizados pelo bando.
Ele foi apontado como um dos auxiliares na execução do crime, pois daria suporte e ajudaria nas fugas. Para tanto, ele se utilizaria de um veículo Gol.
Marcos Baiano é filiado ao PTB. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ele se candidatou a deputado federal em 2010, ficou na suplência com 5.807 votos.
No ano passado, foi um dos candidatos a vereador por Cuiabá. Ficou novamente na suplência, com 844 votos.
Ele foi um dos primeiros candidatos a vereador a declarar apoio ao então candidato a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
O PTB, comandado pelo então prefeito Chico Galindo, manteve posição neutra no pleito de 2012.
A Polícia prendeu 15 dos 16 denunciados pelo Gaeco, durante a Operação Inversão.
Apenas Thiago Luiz Duarte está foragido. Os demais envolvidos – incluindo dois policiais militares e o líder comunitário – já estão presos. Na lista, está uma mulher.
De acordo com o Gaeco, os presos foram levados para a Penitenciária Central do Estado, com exceção da mulher, que foi levada para a Penitenciária feminina e dos policiais militares, que estão presos numa cela especial do 3º Batalhão da Capital, no CPA.
Facções
Segundo o Gaeco, os envolvidos estão divididos em três facções, que possuem ramificação em crimes que se interligam. O esquema era comandado de dentro do PCE por três presos.
O primeiro grupo agiu entre agosto de 2011 até maio, com a prática de roubos a estabelecimentos comerciais. Quatro eram responsáveis pelos roubos.
Marcos Baiano era responsável pelo apoio logístico, para garantir as ações criminosas, segundo o Gaeco.
Entre os crimes praticados pelo bando está um assalto a um posto de combustível, na Rodovia dos Imigrantes, em Várzea Grande, e também a um frigorífico.
Outra facção é composta de cinco homens, uma mulher e os dois policiais militares. Eles são acusados de tráfico de entorpecentes, roubo de carros.
Em relação aos veículos, estes tinham uma espécie de subdivisão que era a falsificação de documentos parar esquentar os carros roubados. Com isso, era possível fazer os esquemas de “duble de placa” e o chamado “finan”.
A denúncia do Gaeco aponta que um dos presos no PCE, junto com a mulher, conseguiam informações privilegiadas com os PMs, responsáveis pela checagem dos veículos roubados. Com isso, os carros nunca eram apreendidos.
O terceiro grupo participava da falsificação de documentos dos carros roubados e também da remarcação de chassis, para os esquemas de dublê de placa e finan.
Conforme o Gaeco, os PMs são suspeitos de fornecer armas e veículos a serviço do tráfico e também para fazer a cobrança nos usuários que davam banho – compravam e não pagavam.
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