Escola municipal de Cuiabá coloca em risco a vida de 200 crianças


DC
Uma escola literalmente caindo aos pedaços. Assim pode ser definida a situação da escola municipal Silva Freire, no Jardim Itapajé, região do Coxipó. Em uma unidade de educação infantil onde estão matriculadas quase 200 crianças com idade entre 4 e 10 anos, a falta de segurança vem dos riscos de um pedaço do forro ou mesmo do telhado desabar sobre os alunos.
Há perigo iminente também no contato com a fiação elétrica que salta de uma caixa de disjuntores sem tampa, assim como no vaso caído no chão do banheiro e dos canos desconectados das redes hidráulica e sanitária. Na verdade, os riscos de acidentes na escola estão por todos os cantos. Construída em uma área alagadiça, logo que entrou em funcionamento a Silva Freire teve de passar por obras de adequação, que incluíram a criação de um sistema de drenagem de superfície protegido por grades.
Acontece que boa parte das grades que deveriam proteger a abertura no solo se danificou e não foi substituída. Já na quadra, descoberta, as ameaças são maiores nos dias de chuva. O piso mal feito faz com que a água fique empoçada.
Adriana Oliver, mãe de um aluno, decidiu fazer uma mobilização em prol da reforma. Ela diz que se sente na obrigação de fazer algo porque o filho estuda lá há dois anos e deve permanecer por mais três.
Outro dia, contou ela, o filho chegou em casa feliz contando que durante a chuva brincou de correr de um lado para o outro da sala para fugir das goteiras. Indignada, Adriana saiu em busca de apoio de outros pais e vereadores para arrecadar dinheiro e fazer a reforma. Ela ainda não conseguiu a verba, mas fez um documentário fotográfico da escola.
A Secretaria Municipal de Educação informou, por meio da assessoria de imprensa, que essa unidade estará na lista de obras prioritárias após a conclusão do diagnóstico geral das escolas municipais.