Em liberdade, Maníaco do Anchieta é ouvido em audiência sobre estupro

O juiz substituto da 8ª Vara Criminal, Alexandre Cardoso Bandeira, ouviu duas testemunhas de defesa e o réu. Defesa e acusação irão fazer as alegações finais, em um prazo de cinco dias. Depois, o magistrado vai proferir a sentença do ex-bancário

Publicação: 28/05/2013 15:26 Atualização: 28/05/2013 16:01

Pedro Meyer deixou o Fórum Lafayette na companhia do advogado e sem falar com a imprensa (Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
Pedro Meyer deixou o Fórum Lafayette na companhia do advogado e sem falar com a imprensa

O ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 56 anos, mais conhecido como “Maníaco do Anchieta”, foi ouvido nesta terça-feira em mais uma audiência sobre um dos 16 estupros pelos quais é acusado. Outras duas testemunhas de defesa também prestaram depoimento. A sessão durou aproximadamente duas horas. O juiz substituto da 8ª Vara Criminal, Alexandre Cardoso Bandeira, vai agora abrir prazo de cinco dias para os advogados do réu e acusação fazerem as alegações finais. Em seguida, vai proferir a sentença. 

O teor dos depoimentos prestados nesta terça-feira não pôde ser divulgado, já que o caso segue em segredo de Justiça. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no fim da sessão o advogado de defesa pediu ao juiz que enviasse um ofício para uma entidade onde Pedro Meyer prestou serviço sociais. O magistrado atendeu a requisição. O réu deixou o Fórum Lafayette acompanhado de seu advogado e novamente sem falar com a imprensa. 

O ex-bancário é réu em processo que envolve uma mulher que o reconheceu na rua em 2012, 16 anos após ser estuprada. Logo que a imagem do acusado apareceu na mídia, várias mulheres o identificaram como autor de outros abusos. Ao todo, Meyer é acusado de 16 estupros na década de 1990. Após um ano preso, ele foi liberado em 10 de abril. O motivo foi a falta de laudo médico de sanidade mental, que levou à prescrição do prazo de prisão. 

A autora do processo não compareceu ao Fórum nesta terça-feira. Na última audiência, ela chegou a desabafar sobre a soltura do ex-bancário. “Relembrar tudo e saber que ele vai continuar na rua, que pode fazer outras vítimas, me deixa desesperada. O meu sentimento é de impotência. Ele está sem bigode, com os cabelos aparados, mas continua com o mesmo olhar de demônio”, disse.