Ao Circuito Mato Grosso, Souza Vivente disse que a principal reivindicação da categoria é o aumento salarial para 2 mil reais para uma jornada de 7 horas – atualmente o piso é R$ 1507,00- além de vale alimentação e plano de saúde. Ele disse que os grevistas rejeitaram proposta patronal de 10,15% e que foi marcado um dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no dia 30/05, às 10h. O sindicalista relata que até lá a categoria permanece em greve.
O secretário também conta que existe uma liminar para que rodem 50% da frota, mas que a categoria está descumprindo com a frota 100% parada. O sindicalista alega que “essa é a única forma de sermos ouvidos; pedimos desculpas à população pelo transtorno”.
Souza Vicente também reclamou dos vereadores que traíram a categoria para o fim dos cobradores. O secretário do sindicato lembra que tiveram três negociações para a estabilidade do cobrador, mas que a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou a extinção do cargo: “Os vereadores foram oportunistas!”, finalizou.
“Muito mês para pouco salário”
Esse foi o desabafo de Rita de Jesus, motorista há oito anos na mesma empresa, mãe de 3 filhos adotivos e 3 biológicos. Acorda às 4h para trabalhar e ainda cuida dos filhos, marido e casa. A motorista conta que participa da greve porque o salário está muito defasado.
“Antes, nosso salário correspondia a 1000 passagens de ônibus; hoje, está por volta de 500. Caiu pela metade!”, conta a motorista. Ela diz da responsabilidade e da estressante jornada de trabalho: “Nós transportamos vidas humanas, enfrentamos um trânsito caótico, aguentamos insultos de alguns passageiros e ainda sofremos perseguição da empresa”. Só por isso ela acredita que deveriam ter um salário melhor.
A grevista conta que os empregados domésticos estão ganhando quase igual a sua categoria e que “não é fácil chegar ao cargo de motorista. Além da carteira de habilitação ser especial, tem-se que passar por várias etapas como cursos e treinamentos na empresa. Precisamos ser mais valorizados”, desabafa a motorista.
Rita finaliza dizendo que “sobra mês no meu salário. É um sufoco!”.
Por Rita Anibal, da reportagem





