Trabalho, que foi realizado ontem no Terminal Santo Antonio, visa incentivar a denúncia
Regina Helena Santos
regina.santos@jcruzeiro.com.br
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Conscientizar a população de que o abuso sexual de crianças e adolescente é crime e que denunciar é essencial para aprimorar o trabalho de combate a este tipo de violência, que em 2012 teve 141 ocorrências em Sorocaba e este ano já fez 40 vítimas . Esse foi o trabalho realizado pelos integrantes da Comissão Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual, que com cartilhas educativas, brindes e bexigas amarelas chamaram a atenção de quem passou pelo terminal Santo Antônio na manhã de ontem.
Além de incentivar a denúncia por parte de pessoas que presenciem ou tenham conhecimento de qualquer ato de abuso envolvendo crianças e adolescente, a ação também teve como objetivo aproximar a população do tema. “Esse tipo de crime é muito mais comum do que se imagina”, comentou Ione Aparecida Xavier, presidente da comissão, destacando que acabara de ouvir, de pessoas abordadas, que sabiam de casos deste tipo mas temiam fazer a denúncia. De janeiro a abril deste ano, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República registrou mais de 12 mil denúncias de violência sexual contra meninos e meninas em todo o País.
Segundo Ione, hoje é possível garantir proteção ao denunciante e à vítima. “O agressor quase sempre usa do recurso de ameaçar matar para intimidar. Isso deixa as pessoas paralisadas. Mas a população precisa saber que há proteção para estes casos”, contou. E, ao contrário do que muitos pensam, Ione destaca que é possível romper e acabar com este tipo de abuso, bem como tratar adequadamente as vítimas para evitar que a violência se torne um trauma para a vida toda. A costureira Sandra Moreira, de 36 anos, parou alguns minutos, antes de embarcar no ônibus, para ouvir os alertas sobre o tema. “A gente vê esses casos no jornal e chega a se arrepiar, a chorar de raiva. Tenho uma filha de 12 anos e é importante combater esse crime. A Justiça é lenta, infelizmente, mas eu acredito que ela existe”, comentou.
A atividade promovida pela comissão marcou a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Crianças e Adolescente, lembrado em 18 de maio, data da morte da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 9 anos, em 1973. A garota foi assassinada em Vitória, no Espírito Santo, e seu corpo apresentava sinais de abuso sexual. “Esse tipo de violência não é algo novo. Tivemos o caso Araceli e em 1998 o Brasil começou a pensar e debater esta questão, quando o Ministério da Saúde passou a tratar do tema”, lembrou Ione. Em Sorocaba, o grupo começou seus trabalhos oficialmente em 2011, mas reúne, desde 2006, profissionais que atuam em defesa de condições que ajudem a combater este tipo de crime. “A violência sexual contra crianças e adolescentes é paralisante também para os profissionais. Ninguém quer se deparar com casos horrendos de abuso de crianças, inclusive em ambiente familiar. Fazemos reuniões mensais para que eles se preparem para enfrentar esse tema.”
Em Sorocaba, a comissão pretende lançar, nas próximas semanas, o Plano Municipal de Enfrentamento da Vigilância Sexual que, dentre outros pontos, defende ações de atenção ao criminoso - para que, mesmo detido, tenha acompanhamento para que não volte a praticar o crime - e a criação de uma delegacia específica para atendimento destas vítimas. “Visitaremos modelos já implantados no sul do Brasil, em Brasília e em São Paulo. A ideia é separar essas crianças dos outros tipos de crimes e também cuidar do processo de oitivas.” Neste modelo, o objetivo é eliminar a necessidade de que a vítima precise relatar a violência pela qual passou várias vezes, para profissionais diferentes. As denúncias de casos de violência e abuso sexual contra crianças e adolescente podem ser feitas por meio dos telefones 180 ou 181. A ligação é gratuita.
Além de incentivar a denúncia por parte de pessoas que presenciem ou tenham conhecimento de qualquer ato de abuso envolvendo crianças e adolescente, a ação também teve como objetivo aproximar a população do tema. “Esse tipo de crime é muito mais comum do que se imagina”, comentou Ione Aparecida Xavier, presidente da comissão, destacando que acabara de ouvir, de pessoas abordadas, que sabiam de casos deste tipo mas temiam fazer a denúncia. De janeiro a abril deste ano, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República registrou mais de 12 mil denúncias de violência sexual contra meninos e meninas em todo o País.
Segundo Ione, hoje é possível garantir proteção ao denunciante e à vítima. “O agressor quase sempre usa do recurso de ameaçar matar para intimidar. Isso deixa as pessoas paralisadas. Mas a população precisa saber que há proteção para estes casos”, contou. E, ao contrário do que muitos pensam, Ione destaca que é possível romper e acabar com este tipo de abuso, bem como tratar adequadamente as vítimas para evitar que a violência se torne um trauma para a vida toda. A costureira Sandra Moreira, de 36 anos, parou alguns minutos, antes de embarcar no ônibus, para ouvir os alertas sobre o tema. “A gente vê esses casos no jornal e chega a se arrepiar, a chorar de raiva. Tenho uma filha de 12 anos e é importante combater esse crime. A Justiça é lenta, infelizmente, mas eu acredito que ela existe”, comentou.
A atividade promovida pela comissão marcou a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Crianças e Adolescente, lembrado em 18 de maio, data da morte da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de 9 anos, em 1973. A garota foi assassinada em Vitória, no Espírito Santo, e seu corpo apresentava sinais de abuso sexual. “Esse tipo de violência não é algo novo. Tivemos o caso Araceli e em 1998 o Brasil começou a pensar e debater esta questão, quando o Ministério da Saúde passou a tratar do tema”, lembrou Ione. Em Sorocaba, o grupo começou seus trabalhos oficialmente em 2011, mas reúne, desde 2006, profissionais que atuam em defesa de condições que ajudem a combater este tipo de crime. “A violência sexual contra crianças e adolescentes é paralisante também para os profissionais. Ninguém quer se deparar com casos horrendos de abuso de crianças, inclusive em ambiente familiar. Fazemos reuniões mensais para que eles se preparem para enfrentar esse tema.”
Em Sorocaba, a comissão pretende lançar, nas próximas semanas, o Plano Municipal de Enfrentamento da Vigilância Sexual que, dentre outros pontos, defende ações de atenção ao criminoso - para que, mesmo detido, tenha acompanhamento para que não volte a praticar o crime - e a criação de uma delegacia específica para atendimento destas vítimas. “Visitaremos modelos já implantados no sul do Brasil, em Brasília e em São Paulo. A ideia é separar essas crianças dos outros tipos de crimes e também cuidar do processo de oitivas.” Neste modelo, o objetivo é eliminar a necessidade de que a vítima precise relatar a violência pela qual passou várias vezes, para profissionais diferentes. As denúncias de casos de violência e abuso sexual contra crianças e adolescente podem ser feitas por meio dos telefones 180 ou 181. A ligação é gratuita.





