VOLTA REDONDA
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, comemorado no dia 18 de maio, o
Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), da Secretaria Municipal de Ação Comunitária, realizou, ontem à tarde, uma mesa redonda no auditório do palácio 17 de Julho. Representantes de várias entidades se reuniram no local para discutir o abuso e a exploração de crianças e adolescentes.
Durante o evento, o secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco, explicou que, o município é referência na área de assistência social e que os casos de violência não aumentaram. Ele garante apenas que estão sendo mais divulgados, já que população está acreditando mais nos órgãos públicos. “As pessoa estão vendo que os órgãos estão atuantes e podem contribuir para a redução da exploração infantil. Volta Redonda tem hoje 32 Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que exercem papel importante no combate a violência contra crianças e adolescentes”, informa o secretário, lembrando que qualquer denúncia sobre exploração infantil pode ser feita pelos telefones telefones do CREAS3339-9143 e 3347-2390 ou ainda pelo Disque 100, telefone nacional.
Outro que participou do encontro foi o delegado titular da 93ª Delegacia de Polícia (DP), Antonio Furtado. Ele destacou que o problema é muito sério e que na maioria dos casos o agressor é alguém da família, que convive de perto com a vítima. O policial declarou que o objetivo é encontrar soluções para amenizar este problema e o principal é que o agressor seja punido. Durante sua fala, ele elogiou a atuação das instituições e órgãos que atuam na proteção das crianças e dos adolescentes do município. Para o delegado, as parcerias, que existem no dia-a-dia, devem continuar e quando alguém violenta uma criança, denigre a imagem da cidade. “Por isso, temos de trabalhar sempre para que o culpado não fique impune e que o crime seja logo elucidado”, destaca o delegado.
AVANÇO
Segundo declarou a coordenadora do CREAS, Danielle Freire, o encontro de ontem marcou um avanço para buscar formas preventivas de alertar e evitar crimes e defender uma punição severa para quem comete os abusos que tem as crianças e adolescentes como principais alvos. Ainda de acordo com ela, existe um índice elevado de abuso sexual na maioria contra os meninos na faixa de 0 a 9 anos e a exploração sexual que atinge uma faixa maior de idade, dos 9 aos 14 anos. “ Os abusos e exploração sexual infantil migraram de pontos em rodovias para a internet”, diz, lembrando que a violência e exploração de menores é um assunto que bate todos os dias na porta do CREAS. Por isso, a decisão de promover o evento.
Segundo dados recentes do CREAS, há um índice elevado de abuso sexual na maioria contra os meninos na faixa de 0 a 9 anos e a exploração sexual que atinge uma faixa maior de idade, dos 9 aos 14 anos. Danielle Freire declarou que, os abusos e exploração sexual infantil migraram de pontos em rodovias para a internet. Por isso, ainda de acordo com a coordenadora, é preciso mais atenção de quem trabalha no combate dessa questão criminosa.
Além de Munir Francisco e do delegado Furtado, fizeram parte da mesa redonda a coordenadora de Prevenção às Drogas, Neuza Jordão, o comandante Souza, da 1ª Companhia da Polícia Militar, a diretora do Departamento de Proteção Especial (DPES), da Smac, Denise Alves, e a secretária municipal de Esporte e Lazer, Rose Vilela. Participaram também do debate a coordenadora do Programa Arca da Casa da Criança e Adolescente, Haidé Vale de Souza Torres, presidente do Conselho da Criança e do Adolescente, Sérgio Gabriel e a educadora do CREAS, Marilene de Souza Leite, a professora e coordenadora de curso de psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Priscila Pires Alves, conselheira tutelar, Lígia da Silva Penha Pereira, e a assistente social do Tribunal de Justiça de Volta Redonda, Rita de Cássia Castelo Branco.