Sexual: Polícia desarticula esquema de exploração sexual no sudeste do Pará


Dono de casa de prostituição na cidade de Tucumã mantinha quatro mulheres sob exploração. A mãe de uma das vítimas denunciou o caso.

Portal Amazônia, com informações da Agência Pará de Notícias
Foto: Shutterstock/ Reprodução
Proprietário de boate Nesfetite explorava quatro mulheres. Foto: Shutterstock/ Reprodução
BELÉM – Um novo esquema de exploração sexual está desarticulado pela Polícia Civil do Pará. Desta vez, o crime ocorria no município de Tucumã, sudeste do Pará, onde uma casa de prostituição está lacrada e quatro mulheres foram resgatadas.
O dono da boate, Cleber Maracaiper Bezerra, 25, conhecido como “Fofo”, está preso em flagrante. Ele recebeu autuação pelos crimes de rufianismo (obter lucros financeiros por meio da prostituição) e por manter casa de prostituição. Somadas, as penas pelos dois crimes podem chegar a nove anos de reclusão.
A operação teve comando do delegado José Carlos dos Santos que chegou ao local após receber o telefonema da mãe de uma das mulheres exploradas. “Recebemos a denúncia de que uma mulher que teria vindo a Tucumã para se prostituir estava sendo impedida de deixar a boate onde trabalhava. Imediatamente após recebermos o telefonema fomos até o local e constatamos a veracidade da informação”, revelou o delegado.
Cleber Maracaiper e as três mulheres encontradas na boate foram conduzidos à delegacia local. Após a prisão de Cleber, uma quarta vítima apresentou-se. Segundo o delegado José Carlos Rodrigues, a boate – chamada “Nesfetite” – funcionava há poucos meses na cidade. Maracaiper tinha obtido junto à prefeitura licença para o funcionamento do local como bar, mas na verdade o espaço funcionava como um ponto de prostituição.
Ao delegado, as vítimas revelaram que Cleber ficava com todo o dinheiro do programa sexual, alegando que a quantia seria usada para quitar a dívida adquirida pelas mulheres, que recebiam roupas e acessórios para atrair os clientes. Sem dinheiro, as mulheres acabavam impedidas de deixar o local.
Em depoimento, Cleber Maracaiper admitiu o funcionamento do local como ponto de prostituição e que cobrava das mulheres que lá trabalhavam pelas roupas, sapatos, acessórios e tratamentos estéticos a que foram submetidas em função da atividade. Ele alega, no entanto, não saber que a prática era criminosa. Enquanto aguarda a decisão judicial, permanece recolhido na delegacia de Tucumã.
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