Mauro Mendes diz que não negocia com grevista e exige volta dos "amarelinhos" ao trabalho


Jonas Jozino e Izabela Andrade | Redação 24 Horas News
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O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB),enfrenta em sua gestão a primeira greve: a dos Agente de Trânsito – os "amarelinhos". A greve teve início na manhã desta sexta-feira na Capital e o prefeito já ameaça entrar com uma ação no Tribunal Regional  do Trabalho, com pedido de decretação da ilegalidade do movimento paredista. 
 
A decisão dos agentes irritou Mauro Mendes, que chegou nesta manhã no Centro de Eventos do Pantanal, para uma reunião dos prefeitos municipais com o governador Silval Barbosa e quatro ministros da presidente Dilma Rousseff com cara de poucos amigos, inclusive evitando um maior contato com a imprensa.
 
O pouco que se limitou a dizer foi que não “negocio com grevistas. Se eles quiserem continuar as negociações que voltem ao trabalho”, disparou para completar enquanto entrava no Centro de Eventos que “se a mobilização continuar vamos pedir ao Tribunal Regional  do Trabalho que decrete a ilegalidade do movimento. Ele ainda negou que tenha elaborado projeto obrigando os amarelinhos a multar e guinchar mais carros na cidade para garantir um aumento nos seus salários mensais.
 
Os agentes de trânsito decidiram pela paralisação na tarde de quinta-feira, alegando que a Prefeitura de Cuiabá até hoje não regulamentou a profissão. Atualmente, 167 profissionais desenvolvem atividades nas ruas e avenidas da Capital. O sindicato dos agentes confirmaram que apenas 30% do efetivo vai continuar trabalhando como determina a lei.
 
Os amarelinhos reclamam que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos modificaram itens do projeto que regulamentava a profissão dos agentes. A proposta seria encaminhada para a Câmara de Vereadores nesta quinta-feira, 17. 
 
Segundo os agentes a nova proposta da Prefeitura obriga os amarelinhos a aumentar a produtividade mensal, que estava relacionada à contagem de pontos por atividade praticada. Para cada ponto, o agente receberia R$ 1. A meta para receber o valor deveria figurar entre 500 a 2 mil pontos. 
 
Em nota a Prefeitura desmentiu os agentes, afirmando que as informações apresentadas eram falsas e que o município não teria feita essa vinculação. O projeto foi descartado e as negociações entre as partes canceladas.
 
“Não existiu história da multa, foi divulgado informação equivocada, maldosa. Eles vazaram esboço que iria ser encaminhado para a Câmara e colocaram números errados, que não refletem o que diz a Prefeitura. O projeto sendo modificado, não foi encaminhado para a Câmara”, completou o prefeito Mauro Mendes.